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Digitais pessedistas – Claudio Prisco Paraíso

Foto: Divulgação

Por: Claudio Prisco Paraíso

16/11/2024 - 07:11

Não há mais a menor dúvida de quem está por trás desta verdadeira saraivada de críticas e de ataques ao governo do Estado. Sim, é ele, o PSD, partido que costuma trabalhar, jogar, articular e se movimentar nos bastidores. Bem como no submundo rasteiro da política.
É o PSD que procura desestabilizar a administração estadual, fazendo oposição à atual gestão. E essa ofensiva tem, também, por objetivo tentar, digamos, levar o MDB a refletir melhor sobre a permanência no governo, agora com mais espaço. Tentam com isso amedrontar as lideranças emedebistas para, de alguma forma, tentar mantê-las próximas de um eventual projeto do PSD em 2026.
Mas, evidentemente que os emedebistas já perceberam o jogo e, claro, não vão se submeter a essa movimentação, a essa mobilização pessedista. Até porque o partido, no final das contas, não tem nada ao que oferecer, absolutamente nada a ofertar ao MDB.

 

Ocupando espaços

Há outra leitura que indica que o PSD quer tirar o Manda Brasa do governo para que os próprios pessedistas ocupem os espaços dos emedebistas.

 

Marcado

Aliás, o PSD perdeu uma grande oportunidade de praticar um gesto na campanha eleitoral da cidade com o maior poderio econômico do Estado, Itajaí, onde o deputado federal Carlos Chiodini veio a ser candidato pelo MDB.

 

Sem composição

Ali tinha a candidatura do jovem radialista e vereador Osmar Teixeira. Chiodini tentou costurar um acordo para que Teixeira ficasse de vice, para que ele, chegando na cidade, com domicílio eleitoral recentemente transferido, pudesse ter mais musculatura para enfrentar a candidatura favorita, e que se sagrou vitoriosa, a do liberal Robison Coelho.

 

Quem?

E o PSD fez olhar de paisagem. Chiodini, que foi eleito presidente do MDB no estado, estava licenciado para concorrer em Itajaí. Ficou em terceiro lugar, com apenas 16% dos votos. Atrás inclusive do próprio Osmar Teixeira.
Lavada

É bem verdade que o somatório dos dois não chegaria à performance de Robison Coelho, mas que Chiodini sairia mais fortalecido das urnas, isso sairia.

 

Dúvida

Mas, o PSD verdadeiramente deseja ter candidato ao governo? Essa é sempre uma interrogação que permeia o universo política estadual.

 

Senado

João Rodrigues já se apresenta como pré-candidato, mas conta com quem de aliado? Por enquanto União Brasil e o Podemos. Muito pouco para quem deseja provocar um segundo turno em 2026.

 

Canhotada

Sim, porque existe a esquerda, tem o PT, partido que fez apenas sete prefeituras. O restante da esquerda zerou, nenhuma prefeitura conquistada em outubro. Mas em eleição nacional e estadual, o PT costuma bater no segundo turno na casa dos 30 pontos percentuais.

 

Patamar

No primeiro turno, fica na média dos 20%. Na última, foram 17%, 18%, mas chegam normalmente a 20%, 25%. Quem garante que João Rodrigues ficaria acima do PT na eventualidade de uma grande final em 2026 sem definição no primeiro turno?

 

Majoritária

Então, o PSD pode estar fazendo essa marola toda de pré-candidatura de João Rodrigues, mas imaginando que daqui a pouco ele possa pegar uma carona na chapa encabeçada por Jorginho Mello como um dos candidatos ao Senado. Mas resta saber se logo ali à frente haverá clima para isso, considerando-se a operação desencadeada pelos pessedistas para fragilizar o governo Jorginho Mello.

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