Celebrado hoje, 27 de novembro, o Dia Nacional de Combate ao Câncer é um marco de conscientização sobre uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. A data nos convida a refletir sobre o impacto dessa doença na sociedade e a importância de políticas públicas, da ciência e, notadamente, dos direitos garantidos aos pacientes. O câncer, em sua complexidade e múltiplas formas, desafia a medicina e as famílias que enfrentam essa dura batalha. No Brasil, a Lei nº 12.732/2012 assegura que o início do tratamento deve ocorrer em até 60 dias após o diagnóstico em pacientes do SUS. Apesar desse direito, os gargalos no sistema de saúde, como filas de espera e falta de equipamentos, ainda são barreiras que muitos enfrentam. A garantia do diagnóstico precoce e do acesso ao tratamento são desafios urgentes que exigem investimentos contínuos e eficientes. Outro aspecto crucial é a prevenção. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 30% dos casos poderiam ser evitados com mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável, prática regular de exercícios físicos, controle do tabagismo e do consumo de álcool. Políticas públicas voltadas à educação em saúde são ferramentas fundamentais para reduzir a incidência da doença. A ciência, por sua vez, avança com pesquisas sobre terapias mais eficazes e menos invasivas, como a imunoterapia. No entanto, esses avanços ainda não chegam a toda a população, evidenciando desigualdades no acesso à inovação, uma de nossas principais mazelas, diga-se de passagem. Neste Dia Nacional de Combate ao Câncer, a sociedade deve unir esforços para priorizar a saúde pública, valorizar a ciência e assegurar que todos os brasileiros tenham seus direitos plenamente garantidos. Combater o câncer transcende o processo de tratamento, pois, em essência, significa promover dignidade, igualdade e esperança.