Neste sábado (8), o Brasil realiza o Dia D da vacinação contra a poliomielite, uma iniciativa crucial para a saúde pública. No entanto, a adesão às campanhas de vacinação, de forma geral, tem sido alarmantemente baixa, levantando preocupações sobre a volta de doenças que já foram erradicadas.
A politização ideológica, geradora de desinformação, tem contaminado a crença nas vacinas, pondo em risco a saúde pública. É preciso considerar que, historicamente, o Brasil foi um exemplo mundial na erradicação de doenças por meio de campanhas de vacinação em massa. A poliomielite, doença terrível que paralisava milhares de crianças, foi erradicada do nosso país há mais de três décadas graças a esses esforços.
Contudo, a recente queda na procura por vacinas disparou um sinal vermelho. Movimentos antivacina, com narrativas infundadas pós pandemia, promovidos por discursos políticos irresponsáveis, têm gerado uma perigosa hesitação vacinal. Em que pese ser um direito, a racionalidade, prudência e civilidade dizem que a vacinação não pode ser uma questão de escolha individual, mas, um dever coletivo. A imunização só é eficaz quando a cobertura vacinal atinge níveis suficientes para garantir a imunidade de rebanho, protegendo, inclusive, aqueles que não podem ser vacinados por razões médicas.
Quando essa cobertura é insuficiente, abrimos brechas para o ressurgimento de doenças que, até recentemente, estavam sob controle. O Dia D contra a poliomielite representa uma oportunidade imperdível para reverter essa tendência perigosa alimentada pela desinformação. A participação de todos é vital. Pais e responsáveis devem levar suas crianças aos postos de vacinação, garantindo que elas estejam protegidas contra a poliomielite. Não se trata apenas de proteger seus próprios filhos, mas de um compromisso com a saúde pública e o futuro do país.
É imperativo que a sociedade como um todo se conscientize sobre a importância das vacinas. Os profissionais de saúde, a mídia e os líderes comunitários têm um papel fundamental na disseminação de informações corretas e na luta contra o vírus da desinformação. As vacinas são um dos maiores avanços da medicina moderna e um pilar fundamental na construção de uma sociedade saudável.
Sendo assim, espera-se que o ‘Dia D hoje’ possa ser um marco de responsabilidade e consciência coletiva. A saúde das futuras gerações está em jogo. A vacina salva vidas e é um ato de amor e civilidade.