A atual situação epidêmica em Jaraguá do Sul é um claro sinal da severidade com que a dengue pode impactar a saúde pública e, por decorrência, a estrutura de serviços de saúde da comunidade. Nos últimos meses, a cidade viu um aumento alarmante no número de casos de dengue, colocando em xeque a capacidade de resposta do sistema de saúde local.
Por isso, medidas contingenciais estão sendo adotadas. A próxima a ser adotada a partir de segunda-feira (29) é a suspensão temporária de atendimentos eletivos nos hospitais e clínicas da região. Essa ação, embora drástica, liberaria recursos vitais, tanto humanos quanto materiais, para o tratamento dos pacientes infectados pelo vírus da dengue. Entretanto, se até aqui se insistiu na necessidade de prevenção como uma das ferramentas eficazes no combate à dengue, a situação passa a exigir mais do que isso.
É chegado o momento de invocar à comunidade, sobretudo para os que se encontram infectados, se informar sobre os meios de pré-tratamento que podem ser adotadas em casa, dependendo da gravidade do estado de saúde, evitando o colapso total dos recursos estruturais. Os cuidados começam com muita hidratação, e de forma contínua, incluindo soro caseiro, essenciais para combater a desidratação causada pela febre e pelos vômitos, sintomas comuns da doença.
O uso de antitérmicos recomendados por profissionais de saúde pode ajudar a controlar a febre, evitando a ingestão de medicamentos à base de ácido acetilsalicílico, que podem agravar o quadro clínico. Outra recomendação importante é o repouso absoluto, que ajuda o corpo a lutar contra a infecção viral. Mais do que nunca, a saúde pública depende tanto das ações governamentais quanto da participação ativa da comunidade. Juntos, podemos enfrentar esse surto e reverter esse preocupante quadro. A situação se tornou extremamente crítica.