Dar uma arejada – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

12/01/2024 - 06:01

Quem já não disse ou ouviu essa frase, dar uma arejada? E quem diz essa frase está dizendo o quê? O que ela está pensando em buscar? Dar uma arejada significa mudar a atmosfera interna saindo de casa, as coisas estão pesadas em nossa cabeça. E a arejada seria sair para aonde? Fazer o quê? Com quem? Já fiz essa pergunta muitas vezes a mim mesmo e não achei respostas convincentes. E aí está um dos nossos problemas, o que queremos, como queremos, quando queremos, com quem queremos…? Parece uma questão fácil de responder, mas ficamos reticentes, só que… Lá no fundo de nós mesmos sabemos sim o que nos mudaria os ares da vida. O problema é clarear a cabeça para isso, esse clarear nos traria ou nos vai trazer, com certeza, problemas. Problemas tanto das circunstâncias externas quanto das internas, nossas e com alguém por perto… Quem é esse alguém? Sempre temos alguém, um temor especial ou temor mesmo, no caso das mulheres o temor físico de parte do paspalho que mais das vezes está ao lado… Agora inventaram a história dos “influencers”, idiotas que passam mensagens e muitos outros, mais idiotas ainda, acreditam. Uma pessoa feliz é uma pessoa discreta, não se expõe, fica na dela e nesse “secretismo” vive feliz. Já os espalhafatosos, inseguros, buscam uma fama alicerçada sobre o nada, haja vista o modo como vivem os tais influenciadores. Alguns até podem ter dinheiro, mas dinheiro e nada para a felicidade é uma velha verdade bem conhecida. Precisamos de dinheiro, de um pouquinho, mas dinheiro farto não nos garante paz ao atravessar a rua ou deitar e dormir à noite. Ah, quase esquecia, agora estão aparecendo os “Desinfluenciadores”, figuras que surgiram nas redes sociais para andar na contramão das bobagens pregadas pelos “influenciadores”. Credo, que vida medíocre esta nossa vida social de hoje. Umberto Eco, escritor, filósofo italiano, (1932/1917), dizia que: – “As redes sociais deram voz a uma legião de imbecis…”. Ficar no seu cantinho, quieta/o, vivendo bem com o suficiente, arejando a cabeça na sacada do apartamento e com um bom livro na mão é a melhor das “arejadas”. Claro que isso exige o desapego das bobagens, do que não tem valor e que só vamos descobrir quando já for tarde.

CHATO

Claro que por trás do pobre coitado há pai e mãe. Com a idade dele não faria os ridículos que faz. Falo de um garoto, uns seis anos, que dança novas danças todos os dias, todos, nos tiktoks da vida dos sem vida, dos parvos que acham que vão ser alguma coisa com bobagens. O guri dança, estimulado, é claro, não tem idade para ter noção do ridículo. Os pais deviam ser presos. Vão ensinar o filho a ler, a dançar com livros na cabeça, sacripantas!

VERDADE

Ontem ouvi um empresário numa emissora de São Paulo falando sobre desemprego. Ele enfatizou, deixou bem claro o que vivo dizendo e no que creio visceralmente: quem quiser trabalhar não fica desempregado no Brasil. Há empregos sim, mas tudo vai depender da disposição, da cabeça do eventualmente desempregado. “Sei fazer ou vou aprender a fazer” é a frase dos vencedores.

FALTA DIZER

Ouça esta manchete: – “Policial Militar de folga é herói em resgate na Praia do Sonho, SC: mãe e filha salvas de afogamento”. Tenho um arquivo de manchetes desse tipo, PMs de folga, desarmados, agindo bravamente diante de assaltantes e de bandidos de todo tipo. Mesmo de folga, PMs entram em ação. Esse pessoal garante o Brasil…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.