No meio obstétrico existe uma orientação de que, ao pensar em engravidar, toda mulher deveria passar por uma consulta médica. A consulta, com pelo menos uns seis meses de antecedência, tem como objetivo entender se o organismo da futura mamãe dispõe de todos os micronutrientes e vitaminas necessárias para uma gestação saudável, para a mãe, e para o bebê.
Para as mulheres em que for constatado algum tipo de deficiência nutritiva, é indicado a suplementação como forma de compensar as faltas do organismo.
Outra indicação importante para esta fase da mulher, é a prática de atividade física, em grau que vai de moderada a baixa intensidade, esta orientação contribui para a manutenção do bem-estar da mãe.
Estudos com pesquisa em metanálise nos Estados Unidos, permitiram a comparação de mulheres grávidas que optaram por fazer exercícios desde a pré-concepção e durante toda a gravidez, com as grávidas que permaneceram sedentárias ou que não fizeram exercícios, a pesquisa apontou resultados significativos para a saúde da mãe.
O grupo que fez exercícios, conforme foi indicado, tiveram uma taxa de 42% reduzidas com relação ao grupo das sedentárias para diabete gestacional, e 37% menos doenças de pressão alta, também conhecido como hipertensão gestacional, um número bastante expressivo.
Ainda sobre a deficiência alimentar na gestação, e a falta de exercícios com orientação profissional, o alerta é que, a maioria das complicações gestacionais estão relacionadas a ambos os fatores, por esta razão, atentar para esta informação é primordial para uma gestação saudável.
Dentre as complicações mais comuns durante o período gestacional, uma delas é a ocorrência de partos com bebês prematuros, por doenças como hipertensão que a mãe desenvolve durante a gestação.
As doenças hipertensivas gestacionais ocorrem por um desequilíbrio entre a conversa da mãe com a placenta, gerando uma implantação deficiente, que por sua vez prejudica o fluxo de sangue para o bebê. O corpo da mãe, em contrapartida, percebe essa alteração e toma uma série de medidas para proteger a gestação, que podem prejudicar muito o corpo da mãe, podendo afetar o fígado, rins, pulmões e até mesmo o cérebro.
Do mesmo modo, outro ponto que merece atenção especial nesse período, é a saúde emocional das mamães. Destaca-se que, embora a gravidez seja um momento especial para a mulher, seja pelo ato de gerar uma vida, e por integrar um ser humano com total dependência da mãe, a saúde mental da mulher no período gestacional tem um papel tão importante quanto todos os outros aspectos que envolvem uma gravidez.
Compreender que cada organismo reage de forma diferente ao período gestacional também é importante, afinal, cada pessoa é diferente. O que ocorre é que muitas mulheres por falta de informação, ou por não buscar um auxílio profissional, acabam por assimilar uma gravidez com o viés das redes sociais.
Estes espaços, na maioria das vezes, mostram somente uma visão mais romantizada desta fase. A gravidez é, sim, um momento muito especial, mas, ao mesmo tempo, delicado para as mulheres, em função das mudanças corporais como ganho de peso, inchaço, além das questões hormonais envolvidas.
Por outro lado, há casos de mães que apresentam o mínimo de desconforto em praticamente todas as fases da gravidez, nesse sentido, uma mãe que apresenta essas características durante a gestação, conta com uma predisposição muito particular do organismo, não podendo ser considerado regra uma condição, nem a outra.
Ao procurar um profissional especializado, ele irá oferecer as informações necessárias, e guiará a gestante por um caminho mais seguro nesta fase tão importante da vida. Quanto as mães gestantes, ou futuras mamães, elas precisam ser ouvidas de forma humanizada, acolhidas em suas dúvidas e receios, orientações precisas irão lhes permitir dar passos mais seguros, durante as 40 semanas que separam um sonho da realidade: “o sonho de ser mãe”.