Santa Catarina encerrou o primeiro trimestre de 2025 com um feito notável: a maior alta na produção industrial do país, um crescimento de 8,5% que coloca o estado em posição de destaque no cenário econômico nacional. Esse resultado reflete a força de um modelo baseado na diversificação, na capacidade empreendedora e na sinergia entre pequenas, médias e grandes empresas. O setor industrial catarinense, conhecido por sua competitividade e inovação, mostra mais uma vez sua resiliência, mesmo em um contexto nacional de incertezas. No entanto, por trás desse sucesso, há um obstáculo crônico que pode comprometer a continuidade desse avanço: a baixa qualidade rodovias catarinenses. Enquanto a indústria cresce, a infraestrutura logística patina, com estradas esburacadas, sinalização deficiente e trechos perigosos que elevam os custos do transporte, reduzem a eficiência da cadeia produtiva e colocam vidas em risco. É uma contradição para um estado tão dinâmico. A malha viária, sobretudo, por onde escoa a produção, apresentam condições precárias, com buracos, alagamentos e falta de manutenção adequada, incorrendo em constantes atrasos e custos. Além disso a má conservação compromete também a segurança de motoristas e passageiros. Santa Catarina não pode se dar ao luxo de negligenciar esse problema. Para manter seu dinamismo e protagonismo econômico, é urgente que se priorize investimentos maciços em infraestrutura. Isso inclui recuperação das rodovias existentes, além da ampliação de rotas alternativas e modernização de corredores logísticos. O crescimento de 8,5% na indústria é motivo de orgulho, mas também de alerta. Mostra que Santa Catarina tem todas as condições de ser um líder econômico, desde que não seja sabotado por descasos históricos. Por isso, é urgente transformar as rodovias em aliadas do desenvolvimento, não em entraves. O estado já provou que sabe produzir com excelência; agora, precisa garantir que essa produção chegue ao mercado com a mesma eficiência.
16/05/2025 - 07:05