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Correr atrás do vento – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

24/05/2025 - 08:05

O que é que nos faz felizes? O que não temos. Dificilmente ficamos ou vivemos felizes com o que temos. Logo ao conquistarmos algo que muito desejávamos ficamos felizes, mas… Essa felicidade dura pouco e outro sonho, desejo, já nos ocupa a cabeça. E assim costumamos passar pela vida, correndo atrás dos ventos da ignorância. Acabo de reler trechos do livro “Amor Pelas Coisas Imperfeitas”, do monge budista coreano Haemin Sunim. Certa altura, no seu texto ele diz que – “Não há nada mais tolo do que ficar obcecado por alguém que não gosta de você e acreditar que pode fazer a pessoa mudar de idéia. Por favor, deixe-a ir. Se fizer isso, outra pessoa vai entrar em sua vida”. Interessante a idéia, mas ela não serve apenas para quem está pretendendo conquistar alguém, a frase serve, por exemplo, para quem está vivendo um mau casamento. Ficar esperando que ele mude é estupidez garantida em cartório, o cartório da vida. Não deu? É partir para outra. Vale para muitas coisas na vida, temos que ter um pensamento crítico muito apurado para não confundir desistência do que não vale a pena e desistir do que nos pode realizar na vida, daquilo de que somos capazes de atingir. São coisas diferentes. Nos casos de “amor” é sonoro autodesprezo tentar conquistar quem nos dá de ombros. No caso das tentativas de namoro, nunca é demais lembrar que quanto mais alguém nos diz não, mais queremos essa pessoa. É caso de um orgulho inconsciente, nada pior para o nosso ego vaidoso do que ouvir um não de quem se afigura como alguém interessante para nós. Muitos casam sem um grande amor pela pessoa com quem casam… Passado um tempo, um sol começa a nascer no coração até então nublado por um certo desinteresse e… Começa a florescer um amor robusto, que vai crescer e tornar-se o grande amor de nossas vidas. Já outros “amores” acabaram no atoleiro, no charco do “já vai tarde”… Felicidade está no aqui e agora, no que já temos e não nos damos conta, haja vista a dor que sentimos quando perdemos algo do nosso dia a dia e que nos passava batido. Consciência e aqui/agora é onde está a nossa felicidade possível.

MOMENTO

O momento por que passamos é de uma desordem mental coletiva e inédita. Poucos com os pés no chão, no chão do bom senso. Enfadonho repetir que sem fé, sem uma cabeça arejada, raras enfermidades serão curadas. Remédios curam “doencinhas”, não curam Doenças. Sem a fé, que pode ser religiosa ou gerada pela alma pessoal, nada feito. Pesquisas repetidas pelo mundo comprovam isso, porém… Raros acreditam, logo… Vão continuar gemendo e rezando para o vento.

Nada mais fácil do que abrir a boca e dizer alguma coisa. Aliás, é o que mais as pessoas fazem. Muitos, por exemplo, dizem ter fé, fé numa religião ou noutra, essa fé barata que anda por aí, fé labial. Essa maioria “religiosa”, todavia, comete o pior dos enganos: engana a si mesma. Fé tem um sinônimo: certeza. Certeza de que aquilo em que cremos é possível e “real”. Você conhece alguém que tenha essa fé?

FALTA DIZER

Volto a falar em saúde, afinal, todos temos alguma encrenca com ela, maior ou menor… Para os verdadeiros sábios da humanidade, a doença é um aviso do corpo de que andamos na contramão da nossa vida em algum aspecto, aspecto mental, pensamentos e valores. Ah, melhor mesmo é culpar alguém, somos “vítimas”…

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.