Conversa louca – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

13/03/2024 - 06:03

Será mesmo que a conversa foi louca? Não terei sido eu o louco? Foi ontem. Éramos nove pessoas, todas sentadas numa área lateral aqui de casa. Um dos presentes, o Jorge, era um jornalista de Porto Alegre, de férias em Florianópolis. Conversa vai, conversa vem, nada de sério, bobagens e risos fáceis. Dado momento, Jorge me pergunta se eu sabia de uma boa farmácia aqui por perto. Aqui por perto da minha casa. Já ia dizer da farmácia quando me baixou o espírito das provocações. Respondi: Sei, sim, aliás, sei da melhor farmácia possível… O Jorge ficou feliz. – Onde é que fica essa farmácia? Perguntou. Como disse, tinha-me baixado um espírito de provocação. Respondi: – “Olha, cara, a melhor farmácia que existe está dentro de ti, não é preciso ir à farmácia para curar a tua “azia”! Brincadeira, mas… Eu não estava brincando muito não. Falei de muita psicologia para o Jorge, e agora deixo essa nossa conversa para trás para falarmos aqui entre nós, leitora, leitor. Quando digo que a melhor farmácia está dentro de nós, não estou brincando ou fazendo psicologia de porta de botequim. Nós causamos nossas próprias doenças, de um modo ou de outro a partir dos emocionais. Dentro de nós estão todos os “remédios” de que precisamos para nos curar, seja do que for. Temos dentro de nós venenos mortais. O diacho é acordarmos e aceitar essa verdade. Crenças, modos habituais de pensar, valores equivocados, medos, inseguranças, raivas, ressentimentos, autoestima baixa, de tudo um pouco dentro de nós. Azeites ferventes que derramamos todos os dias, gota após gota, na corrente sanguínea. Tudo em forma de hormônios mal-usados, hormônios que são remédios naturais do corpo quando adequadamente usados. Grosso modo, não precisamos de remédios para curar nossas enfermidades, todavia… Os remédios sozinhos produzem temporárias melhoras, não curam. O que cura é um novo modo de pensar e agir no cotidiano da vida. Queres saber de um “produto” que pode ser o mais curativo dos remédios da vida e também, em sentido contrário, um veneno mortal? Esse produto é o companheiro ou companheira de casamento. O casamento pode responder por 90% da felicidade na vida ou pode ser um “tiro”… E quem escolhe esse remédio ou esse veneno? Cada um de nós. Acho que estou precisando ir à farmácia…

BICHOS

A instituição se chama Clínica Animal Resgate, fica no Rio de Janeiro. Seguido vejo vídeos apresentados pelo Luiz, diretor, um idoso simpático, amoroso com os bichos, um anjo encarnado. Ontem, o Luiz apresentava para adoção o Tonho, um cachorro lindo, de oito anos. Os donos o levaram para essa clínica para sacrificá-lo, não o queriam mais, o cachorrinho estava “velho” para eles. Claro que o bicinho não foi sacrificado. Estou até agora rogando as piores pragas para os “donos” do bichinho. Que vão “arder”, ah, vão…

ENTREVISTA

Jornal de São Paulo. Uma ex-viciada em álcool, numa entrevista, disse que quando contam a ela o que ela foi capaz de fazer quando bêbeda quase morre de vergonha. – “Não tinha absolutamente nada a ver com minha essência”, acrescentou. Desculpe-me, querida, com ou sem drogas fazemos o que somos, a droga não nos altera o caráter. Certo? Acho bom!

FALTA DIZER

Palavras e ações dos mais velhos educam crianças? Educam da cabeça aos sapatos. Então, fico imaginando que revolução seria se os pais começassem a ler, sentados diante dos filhos com um livro na mão. Que revolução! Qual nada, é celular pra cima e pra baixo. E nem digo o fazem, os papitos.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.