À frente da Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (ABCOMM) em SC, o sócio-diretor da Flexy Negócios Digitais, Cristiano Choussard, realizou o 2º Seminário Catarinense de E-Commerce, com sucesso equivalente aos bilhões de reais que o setor movimenta no Estado. Em entrevista à coluna, Choussard lembra que “nós temos uma característica diferente do resto do país, porque com apenas 1,2% do território nacional, temos um resultado equivalente a 2% de tudo o que se consome no país, ou seja, nosso consumo per capita é o maior do Brasil”.
O tíquete médio dos catarinenses é de R$ 302 por pedido feito pelo chamado consumidor final, aquele que recebe a mercadoria em casa. “Mas SC se destaca também por ter empresas que vendem para o mercado global, o chamado comércio Business-to-Business, ou B2B. Temos marcas reconhecidas nacional e internacionalmente, o que faz com que a gente detenha 4% do volume de vendas do B2B brasileiro, este atacado online que chegou a R$ 1,69 trilhão em 2016, segundo dados da E-Consulting”, informa Choussard.
Numa conta simples, se SC detém 4% desse mercado, nossas empresas movimentaram R$ 67 bilhões no ano passado. É excelente, mas poderia ser melhor, não fosse a crise. De acordo com o último levantamento da E-Consulting, medido há 14 anos e realizado com 500 empresas, o crescimento de 2016 foi de 2,42%, frente ao R$ 1,65 trilhão de em 2015. Isso significa que a expansão segue tímida, se comparados os resultados de 2015 com os de 2014, que teve um aumento de 9,2%.
“Mas temos tudo para crer num bom desempenho a partir deste ano”, acredita o presidente da Abcomm/SC, que neste embalo marcou 20 eventos para tratar de E-Commerce, em Rio do Sul, Criciúma, Itajaí, Chapecó, Joinville, Florianópolis, Blumenau e Palhoça. Aliás, foi na Unisul em Palhoça que se realizou a décima edição do Seminário, com três eventos num só.
O primeiro foi o 1º Encontro Catarinense de Profissionais de E-Commerce, com 65 profissionais que se dividiram em oito comissões para tratar de problemáticas diferentes que afetam o setor. O segundo evento foi a 12ª Missão Empresarial Abcomm/SC, com visita técnica às marcas de moda fitness Labellamafia e Bad Boy. E, por último, palestras em que lojistas dividiram suas experiência com um auditório lotado.
Sesc Social
O presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt, e o diretor regional do Sesc, Roberto Martins, comemoram os números do Balanço Social 2016 do Serviço Social do Comércio. Foram investidos R$ 30,8 milhões em obras e equipamentos e registrados 53,5 milhões de atendimentos em ações nas áreas de Educação, Saúde, Cultura, Lazer, Turismo Social e Assistência.
O ano marcou a abertura da primeira creche da instituição, em Palhoça. “Matriculamos 6.681 alunos nas 20 escolas da Educação Infantil, 10 de Ensino Fundamental e no Habilidades de Estudo, que é o contraturno escolar, oferecido em 22 unidades”, contabiliza Breithaupt.
Foram concedidas 1.932 bolsas de estudo, “e cada delas é uma vitória para a gente, como é uma vitória cada uma das 2.822 mamografias e dos 2.649 exames Papanicolau que fizemos entre as ações de Saúde”, diz o presidente da Fecomércio-SC. O programa Mesa Brasil Sesc arrecadou e distribuiu 2,2 milhões de quilos de alimentos, com 25 milhões de refeições, em 81 municípios.
SESC VIDA
E o Sesc/SC faz missão técnica em São Paulo, entre 22 a 25 de maio, levando empresários e gestores. O objetivo é uma imersão em empresas de referência e participar do 16º Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida, no Hospital Sírio-Libanês, com a participação de renomados palestrantes nacionais e internacionais. Inscrições nas unidades do Sesc ou pelo site.
Indumak no Espaço Indústria
“Sessenta por cento dos grãos e produtos refinados que estão na mesa do brasileiro passam por nossa empresa”, revelou o diretor-presidente da Idumak, Célio Bayer (à esquerda na foto), ao apresentar equipamentos da companhia para exposição no Espaço Indústria, na Fiesc.
A empresa de Jaraguá do Sul é líder no mercado brasileiro de equipamentos para automação do processo de empacotamento vertical, com faturamento de R$ 60 milhões. Iniciou as atividades em 1963, como uma oficina de torno, e hoje emprega 170 trabalhadores, exporta para 45 países, tem filial comercial nos Estados Unidos e atende mais de 3 mil clientes.
Por que quebra?
Os mais velhos lembram: automóveis como o Fusca e máquinas de lavar que duravam por gerações, e que passavam de pais para filhos. Porém, de algumas décadas para cá, os produtos passaram a quebrar após um determinado tempo e, também por causa da maior facilidade de compra, é melhor jogá-los fora do que mandar consertar, gerando montanhas de lixo.
“A isso chamamos de obsolescência planejada, tida como uma estratégia do setor produtivo para tornar os produtos obsoletos prematuramente”, explica a mestra em Direito, Estado e Sociedade Kamila Guimarães de Moraes (foto). Autora da obra ‘Obsolescência Planejada e Direto’ (Editora do Advogado), o trabalho de Kamila vem gerando uma saudável polêmica nos setores produtivo, jurídico e ambiental.
“A obsolescência programada gera consequências sócio ambientais perniciosas e constatamos seus impactos diretos nas relações de consumo, bem como na crise ambiental”.
Na Inglaterra
Depois de lançado no Brasil, o livro sobre Obsolescência Planejada ganha uma versão em inglês, adaptada para o leitor europeu, com novos capítulos, conteúdos e enfoques, e foi lançada pela Kogan Page em janeiro na Inglaterra, onde a catarinense Kamila Guimarães de Moraes está vivendo e estudando.
A leitura da obra causa impacto, porque coloca em xeque práticas do setor produtivo que na maioria das vezes passam despercebidas pelo consumidor comum. Kamila prega que, no Brasil, “as causas e efeitos perniciosos dessa prática sejam diminuídas por meio de instrumentos legais, como o Código de Defesa do Consumidor e a Política Nacional de Resíduos Sólidos, desde que interpretados também pelo novo paradigma produzido pela obsolescência planejada”.