Chuva e sol na vida – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

15/12/2023 - 06:12

Não vejo nada pior que um profissional de jornalismo falar ou escrever para ser simpático, fazer gracinhas, querer agradar a todos, bah, a pessoa se revela fazendo isso. Se revela no pior aspecto. Precisamos procurar a verdade, hoje ela anda escondida, coitadinha, ela é muito surrada especialmente nas áreas políticas deste Brasil coberto de lama… Os ordinários surram muito a verdade, safados. O que me traz a esta charla antipática, leitora, é ter ouvido há pouco uma apresentadora de televisão dizendo que “dias chuvosos nos provocam depressão”. De onde ela tirou isso? Já falei aqui de um amigo, radialista, que disse no programa dele que “amanhã vai fazer um dia aproveitável…”. Quando ele disse isso chovia. Já falei desse assunto aqui, dia aproveitável é todo dia, são todos os dias, tudo vai depender da cabeça da pessoa. Um atolado na vida culpa tudo, todos, até a mãe Joana por seu atoleiro na vida. Dia aproveitável são todos os dias. E essa história de que dias chuvosos provocam depressão? De onde a jornalista tirou essa tolice? Um dia chuvoso pode nos atrapalhar em alguma coisa, mas jamais provocar depressão, ademais… O que dizer quando temos um compromisso que não nos agrada e que vai depender do “tempo bom”, vem uma chuva e o compromisso indigesto é cancelado? Será que a pessoa que não estava a fim desse compromisso vai dizer que a chuva a está deixando depressiva? As pessoas têm que pensar antes de falar. A chuva pode sim nos causar prejuízos, danos, perdas, mas… Faz parte do jogo da vida, como as patologias, as doenças, que mais das vezes são causadas pelos pensamentos danosos e repetitivos. Quantos sabem disso? Alguns médicos sabem, alguns… Somos nós e nossas circunstâncias na vida, ninguém foge às circunstâncias. Depressão, que não é doença, afirmo e reafirmo, vem da baixa autoestima. A pessoa se olha no seu espelho interior e se vê frágil, sem graça, sem talento, sem os desejados favoritismos, sem nada, tudo coisa da cabeça dela e desanda, se deprime. Muitos defendem a depressão como doença para vender remédios e ganhar dinheiro em consultas. Chuva e sol fazem parte da vida. E como para tudo na vida, podemos usar um chapéu protetor ou um bom guarda-chuva.

HORROR

Acabei de saber no “Cidade Alerta”, da Record, bem na hora do meu chimarrão, que um vagabundo que há alguns anos matou a namorada acabara de sair da prisão. Ficou preso por 11 anos. Matou uma pessoa, matou alguém com quem ele tinha muita aproximação, matou por ser um broxa da vida e ficou só 11 anos preso? Esse tipo de pena é um incentivo aos feminicídios no Brasil, o que, aliás, não é de hoje, é de sempre.

VENENO

Vou reproduzir a Agência Reuter – Washington – “Um júri do Missouri, nos Estados Unidos, determinou que a Bayer pague US$ 1,56 bilhão (cerca de R$ 7,6 bilhões) a quatro pessoas que alegaram que o herbicida Roundup da empresa causou lesões e doenças, incluindo câncer. O glifosato é o agrotóxico mais popular no Brasil”. Aí a notícia. Agora vou esperar que alguma “autoridade” venha, fale e explique a questão. Reportagem da Folha. Esclarecimentos objetivos, já. Já, eu disse.

FALTA DIZER

Foi esta semana, São Paulo – “Homem dá soco no rosto de adolescente (mulher, é claro) que negou esmola”. Vi as imagens. O vagabundo, já vetusto, precisava ser preso e levar a coça devida. Na “minha” delegacia ele ia “rever” a vida, ô, se ia. Canalha. Mas ninguém faz nada… Nadica.

 

 

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.