Fico buzina da vida com a cegueira da hipocrisia. Pessoas que fingem não ver ou são mesmo ignorantes diante de verdades óbvias. Antes de puxar a cortina da nossa conversa de hoje, preciso fazer uma pergunta à leitora, ao leitor: – Você abriria uma loja sabendo que ninguém iria entrar nessa loja para comprar alguma coisa? Bela resposta, eu imagino… Na sociedade capitalista, o que não dá lucro não tem vez. Só abrimos uma loja ou iniciamos algum negócio diante da certeza de que vamos vender e vamos ter lucros. Pronto, abri a porta para o nosso assunto. Todos os dias ouvimos propostas, planos, possíveis reações e tudo o mais diante do tráfico de drogas, e neste momento há uma campanha militar nos Estados Unidos contra esse lucrativo “negócio”. E agora a pergunta atroz: de quem é a culpa pelo consumo de drogas, dos traficantes ou dos consumidores? Ora, já disse que ninguém inicia um negócio se tiver certeza de que não haverá consumidores. E a pergunta: por que os parvos da vida consomem drogas? Ora, para ficarem anestesiados de suas covardias. Sei que estou ferindo muita gente, paciência. Se ninguém disser a verdade, e esse é o compromisso número um da imprensa, quem vai dizer? Viciar-se numa bebida alcoólica é tão nocivo à saúde quanto viciar-se em maconha? Alguns trapaceiros dizem que a maconha não faz mal… Ao dizer isso, já se entregaram. Faz mal sim, não fizesse mal não seria proibida. O tráfico de drogas só tem a robustez que tem em razão da fragilidade dos homens, dos homens, eu disse. O cara não se garante durante a balada, enche a cara para poder ter coragem de dar boa-noite a uma garota. A culpa é da bebida? Não, a culpa é do bebezinho-da-mamãe que não se garante. Sem exceções, todo sujeito que consome drogas, seja a droga que for, começou o vício por não ter coragem para fazer o que bem lhe poderia ser natural. Ah, e bom não esquecer, há muita gente “graúda” nesse barco, caras que pintam e bordam, arrotam alto, pensam que são alguma coisa na vida e esquecem que somos o que somos na nossa intimidade. Os covardes apitam nas curvas da vida, pedem socorro e o socorro lhes vem logo: uma droga. Frouxos!
2005
Isso mesmo, a matéria é de 2025, está nos meus arquivos de jornais. A questão trata de empregos, conseguir um emprego. O conselho para as mulheres era: “Cabelos curtos e maquilagem leve; blazer e saia do mesmo tecido é a roupa mais indicada”. E para os homens a sugestão era – “Terno azul-marinho, cabelos curtos, sem barba nem bigode…”. Imagine hoje essas “sugestões” ou exigências. As tevês que o digam… O carnaval hoje é o ano inteiro…
TEMPOS
Reportagem internacional mostrada na GloboNews. Um escultor italiano, de Roma, Salvatore Garau, cria esculturas notáveis, mas… Invisíveis. Só os de alma refinada, os idiotamente ditos elevados conseguem ver as estátuas. Uma delas foi vendida por 18 mil dólares. Chegamos a esse ponto, “artistas” fazem esculturas invisíveis e pessoas de “elevada percepção” as compram. E o louco sou eu. O pessoal do SAMU dá Itália deve ter muito trabalho…
FALTA DIZER
De tempo em tempos, a questão volta à discussão: o aborto. Já cansei de dizer aqui que os “santos”, homens metidos a ser alguém, quando não são nada, são contra o aborto. Eu queria ouvi-los se quem engravidasse fossem eles, os homens, homens com “H” minúsculo… Fariseus do templo!