Por:
William Lourenço
Especialista da Warren Investimentos
Embora seja uma parte importante no dia a dia, sabemos que falar sobre as finanças dentro do relacionamento ainda costuma ser um desafio para muitos casais. Por isso, neste mês dos namorados, o convite é que o dinheiro também entre na conversa sobre amor. Deixar o assunto de lado costuma gerar muitos desgastes desnecessários. Contas desorganizadas, silêncio diante de dificuldades e a ausência de metas conjuntas até, em alguns casos, pode levar a um distanciamento emocional entre os cônjuges. A experiência mostra que casais que constroem esse diálogo desde cedo têm mais facilidade para lidar com mudanças e a tomar decisões alinhadas ao longo da vida.
Ao contrário do que muitos julgam, conversar com frequência sobre dinheiro não deve ser visto como constrangimento, é uma atitude madura que contribui diretamente para a construção de uma relação mais equilibrada. Quando o casal compartilha expectativas, planos e até as dificuldades financeiras, cria-se um espaço de parceria mais verdadeiro. Trazer o assunto pode parecer complicado, mas os benefícios são muitos.
Organizar-se para manter um planejamento em comum faz toda a diferença. A ausência do diálogo para estabelecer a organização financeira pode desencadear estresse, insegurança e até brigas recorrentes. Já quando os dois se envolvem na gestão do orçamento, tomam decisões juntos e acompanham o uso dos recursos, o relacionamento tende a ganhar mais estabilidade.
Definir metas conjuntas é, aliás, um passo importante. Sonhar com a compra de um imóvel, uma viagem ou a aposentadoria exige organização e visão de futuro. Ou seja, exige que os dois estejam olhando para o mesmo horizonte. Ter esse direcionamento desenvolve a parceria, cria conexões e ajuda a manter o foco mesmo diante de imprevistos ou opiniões diferentes sobre o uso do dinheiro.
Ainda assim, respeitar a individualidade de cada um dentro do relacionamento é indispensável e fortalece a relação. Ter espaço próprio para as decisões individuais nos gastos, como manter hobbies e outros interesses pessoais, demonstra empatia e confiança mútua. Da mesma forma, no caso de diferença de rendas, é mais válido adotar uma visão de construção conjunta. Comparar ganhos pode gerar desconforto e desvalorizar o esforço de um dos parceiros. O foco deve ser o bem-estar do casal e o equilíbrio das decisões, independentemente de quem ganha mais.
Para começar a planejar juntos, o primeiro passo é sempre o diálogo. Conversar sobre renda, dívidas e prioridades com sinceridade é o início de qualquer planejamento bem-sucedido. A partir daí, o casal pode montar um orçamento familiar que inclua metas de curto, médio e longo prazo, além de uma reserva de emergência. Ferramentas como planilhas, aplicativos ou até um caderno de anotações, podem auxiliar muito nesse processo. No entanto, sem disciplina, nenhum recurso funciona. O verdadeiro diferencial está na constância e no comprometimento com as metas estabelecidas.
Na Warren, acreditamos que o nosso trabalho vai além de sugerir investimentos, ajudamos nossos clientes a alinhar suas escolhas financeiras com o que realmente importa. Para nós, o planejamento financeiro também é uma forma de cuidado com o futuro, com os sonhos e com as relações. Afinal, quando há transparência e parceria, o dinheiro deixa de ser tabu e passa a ser mais um elo na construção de uma vida mais plena e mais feliz.