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Carnaval e traições  – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

15/02/2024 - 07:02

Você sabe que coleciono frases, meu vício. Fiz Psicologia, leio muito sobre questões a nos envolver como humanos e fracos, agora, tem uma coisa, muito da psicologia se pode resumir numa frase dessas de parada de ônibus. Vou contar de um fato, fato fotografado, testemunhado, sem recursos de defesa para o “condenado”. Uma das frases mais populares diz que – “A ocasião faz o ladrão”. Discordo. A ocasião revela o ladrão, isso sim. Uma pessoa que não tenha tendências de roubar não rouba quando encontra aberta a porta de um cofre alheio. Vou falar de um caso de repercussão, envolvendo um abobado da tevê, sem talento nem caráter, que foi fotografo na rua beijando demoradamente uma mulher. Quase um ato sexual na calçada. O cara “era” casado. Claro, com as fotos, nomes, endereços e CPFs não havia como manter o casamento, a esposa mandou-o pastar. O que quero dizer com essa história é que ninguém se torna diante de uma tentação o que já não o é por dentro. A ocasião não faz o ladrão, revela o ladrão. Um cara que trai a mulher não a respeita, “aproveita” a ocasião e pula a cerca. Sobre esse fato, um psicólogo deu uma entrevista ao portal Metrópoles. Da entrevista resultou esta manchete: – “Psicólogo explica porque pessoas traem mais no carnaval”. Meto a colher na questão dizendo que não é o carnaval que abre as portas para as traições, é o caráter da pessoa. Pô, ter que repetir essa história, vivo dizendo isso. Quem ama respeita sua parceria, quem não ama chuta o pau da barraca, nem aí para as conseqüências. É o que mais acontece entre nós, uma rotina. Quem ama não trai, quem ama não mata. Aliás, falando sobre carnaval, sempre me coloquei nessa postura: carnaval é para solteiros. Só para solteiros, o mais é mexer em abelheira. Se os “pombinhos” querem dançar, cantar, divertir-se de qualquer modo, façam isso em casa, com a luz apagada ou não… Ou então que vão ao circo, à pracinha, à casa da mãe Joana, jamais ao carnaval. Casais no carnaval, ah, vão me desculpar, nem vou dizer o que penso.

MEMÓRIAS

Faz anos. Fui com a namorada a um baile de carnaval na praia do Quintão, no Rio Grande do Sul. Não fomos para “pular”, fomos para ver o baile e reencontrar amigos. Sentamos à beira do palco onde a orquestra tocava as marchinhas do baile. Foi sentarmos ali e uma garota toda vez que passava por nós, eu e a namorada, jogava um punhado de confete sobre a minha cabeça. Fez uma, duas, três, quatro vezes… De repente deu um fuzuê. A garota estava provocando a minha namorada? Carnaval é para solteiros, sozinhos…

PIADA

A piada que vou lembrar ouvi de um americano quando eu era repórter da Voz da América, a emissora oficial do governo americano. A piada diz que as mulheres são como policiais, elas podem ter todas as evidências de um crime, mesmo assim querem a confissão… Lembrei dessa piada pensando em mulheres que ouvem “histórias” de maridos ao chegar à casa depois de terem saído para “trabalhar” durante as noites de carnaval… Sutil?

FALTA DIZER

Blocos passando e gente na rua brincando o carnaval… – Ah, que legal! Nada de legal é ver o lixo que deixam para trás, um horror a revelar o caráter dos vagabundos que vivem reclamando de tudo e não se olham no espelho. O consolo é que vivem na “eme”, ah, vivem!

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.