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Candidatura de Carluxo por SC depende de um fator nacional – Claudio Prisco Paraíso

Por: Claudio Prisco Paraíso

16/08/2025 - 06:08

Uma eventual candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina estaria atrelada à candidatura de Tarcísio de Freitas à Presidência da República? À primeira vista, nada teria a ver — mas, na prática, tudo tem a ver.
Se Tarcísio disputar a Presidência, receberá apoio de todos os demais pré-candidatos conservadores: Ronaldo Caiado (União Brasil), Ratinho Júnior (PSD) e Romeu Zema (Novo) — além do respaldo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Por outro lado, se Tarcísio buscar a reeleição em São Paulo, esses três governadores poderiam lançar-se à disputa pelo Planalto. Nesse cenário, Bolsonaro certamente lançaria o primogênito Flávio Bolsonaro ao Senado pelo PL. Assim, o vereador do Rio, função que exerce há 20 anos, concorreria no próprio estado e não precisaria transferir domicílio eleitoral para Santa Catarina. Esse é o eixo da questão.

Na torcida

Para Jorginho Mello, essa equação, com Carluxo permanecendo no Rio, seria extremamente positiva. Isso porque, caso Carlos Bolsonaro quisesse, com respaldo do pai, disputar em solo catarinense, o governador não teria como se opor.

Espaço

Com duas vagas em disputa para o Senado, a montagem da coligação ficaria mais simples, especialmente se o PSD integrar a aliança, possivelmente indicando o vice — nomes como Julio Garcia ou Topázio Silveira Neto estão no radar.

Fora dessa?

Se esse for o encaminhamento, o MDB ficaria fora da composição majoritária estadual. No entanto, já existem dois nomes consolidados ao Senado: Esperidião Amin (União Progressistas), com tudo para buscar a reeleição; e Carol De Toni (PL), recordista de votos proporcionais em 2022.

Musculatura

O MDB dispõe de estrutura robusta:
• Uma senadora (Ivete Appel da Silveira);
• 3 deputados federais;
• 6 deputados estaduais;
• 70 prefeitos;
• Centenas de vereadores;
• Presença nos 295 municípios de SC.

É o único partido com essa capilaridade.

Memória recente

Foi o MDB que deu legenda para Jorginho Mello se eleger senador em 2018, na chapa liderada por Mauro Mariani.
Posteriormente, Mariani foi nomeado por Jorginho como diretor do BRDE. Existe, portanto, uma ligação política prévia entre o governador e o MDB.

Reconhecimento

É possível que o PL fique com apenas uma vaga na majoritária.

Formação

Uma composição plausível seria:
• Jorginho Mello (PL) na cabeça de chapa;
• PSD indicando o vice;
• Esperidião Amin (União Progressistas) para o Senado;
• MDB indicando a segunda vaga ao Senado (Antídio Lunelli ou Carlos Chiodini).

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