Cabeças de porongo – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

27/06/2023 - 06:06

Todos os dias é um caso atrás do outro, todos os dias um exemplo de formidável estupidez de parte de pessoas que deviam ser bons exemplos. Mas é aquela coisa, quem tem cabeça de porongo como é que pode passar um bom exemplo? A leitora já me ouviu cansativas vezes dizer que não há nada melhor que a fala para revelar uma pessoa, a velha história do – “Fala, se queres que te conheça”! Mas há outro modo de conhecer uma pessoa, é perguntar a ela: – “Quanto tens no banco”. Os que têm muito já podemos imaginar… O sujeito pode ter todo o dinheiro possível, mas se não tiver caráter positivo, daqueles confiáveis e a justificar a existência da pessoa, bah, melhor é que se apague… Todos os dias encontramos pelos meios de comunicação uma ação, uma exibição, uma prepotência, uma estupidez mesmo de parte dos que são considerados “graúdos”, graúdos pelo dinheiro. Na verdade, graúdos e graúdas são apenas as pessoas de bem, não os tipos que conhecemos aqui entre nós e que se escoram sobre o dinheiro para fazer o que bem entendem e até “apostar” que deles a “justiça” passa ao longe, atravessa a rua. Incontáveis casos. Dia destes, li sobre dois bilionários se desafiando para uma luta de boxe num estádio de Nova Iorque. Os dois idiotas são magnatas na área de tecnologia de informação, podres de ricos, mas… Pobres por dentro, existencialmente mendigos. Outro, daqui, brasileiro, pensa que porque um “parente” seu é famoso (famoso de araque, perdedor contumaz, isso sim) que ele pode fazer o que bem entende, derrubando árvores e construindo lagos e piscinas fora da lei. Ganha voz de prisão, ofende uma policial e… Sai esfregando as mãos, achando que é alguma coisa. Na minha delegacia ele seria, sim, alguma “coisa”, ô” se seria! E o que dizer daqueles cinco bilionários que entraram numa “lata de sardinha”, dizendo submarino, e foram ver de perto o Titanic afundado? Morreram todos. Toda essa gente tem dinheiro, muito, muito dinheiro, mas… São infelizes. Quem não sabe disso? As pessoas felizes são quietas, poucos sabem da existência delas, já os pobres “por dentro” vivem arrumando meios de aparecer, de aparecer os infelizes que são.

GENTE

– Tu deves gostar é do Amado Batista, por isso tu dizes isso! Não, não é nada disso. É que não me desce na goela aceitar essa loucura que está acontecendo no Rio e São Paulo para os shows de uma “cantora” americana chamada Taylor Swift. Os shows vão ser em novembro. Mas desde já brigas, ameaças, escambos de todo tipo por um ingresso e… Ninguém, desses tansos todos, entra numa livraria para buscar o “remédio” que os melhoraria a cabeça. Credo, que gentinha!

RESPEITO

Ou o respeito é com todos ou essa história não vai acabar bem neste atolado Brasil. Todos ficamos sabendo sobre a derrubada de casas, de gente do pobre, construídas em áreas “proibidas”, tratores vão lá e põem tudo abaixo. Seria certo se fizessem isso na casa dos topetudos, dos que pelo dinheiro no banco se acham alguma coisa. Ou a lei é igual para todos ou esse mau-cheiro não vai acabar bem. Cuidado. Ué, gente!

FALTA DIZER

Gostei da Bruna Marquezine. Numa postagem dela, ela diz que não é preciso casar e ser mãe para uma mulher ser feliz, essa obrigação inventada contra as mulheres. Enfatizou que antes de tudo a pessoa deve amar a si mesma, e em fazendo isso já pode, e será, muito feliz. Bruna, aplausos!

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.