Brincadeiras e verdades – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

27/10/2023 - 06:10

Dizem que brincando se diz a verdade, será? Somos todos, todos, eu disse, hipócritas em muitos momentos. Entende-se, há momentos em que por educação e respeito temos que ser hipócritas, uma hipocrisia para o bem. Mas a hipocrisia que anda por ai, de plantão na boca dos hipócritas, é vergonhosa e não há como relevá-la. Uma vez ouvi um humorista dizer que há quatro tipos de pessoas no mundo, só quatro. São elas: “As pessoas amorosas, as ambiciosas, as observadoras e as imbecis. As mais felizes são as imbecis”. Piada? Sim, uma piada, mas… Incontestável. As pessoas amorosas, gentis, se desgastam muito e sofrem demais. Elas confiam quando não deviam confiar, amam quando deviam deixar um pé atrás. Paciência, são amorosas, só veem o bem nos amados… As ambiciosas, coitadas, só querem mais e mais, só valorizam quem as pode elevar, ajudar ou servir de escada. São moralmente desprezíveis. As observadoras não se decidiram, elas olham, buscam pistas e não se satisfazem com o que veem, ouvem ou sentem. Por serem observadoras raramente caem em frias ou se deixam levar pelas aparências. Para os safados, as pessoas observadoras são perigosas, e são, elas notam tudo… E as imbecis? Como disse o humorista, sem nenhum humor, são as pessoas felizes. Imbecilidade neste caso se confunde com ignorância. Os imbecis não ouvem, não veem, simplesmente acreditam. Alguém pode dizer, bom, mas nesse caso os imbecis são na verdade é ingênuos. Ué, e ingenuidade não é, por acaso, um especial tipo de imbecilidade? O mundo moderno, o mundo lata de lixo de hoje, não comporta mais os ingênuos, tanto não comporta que eles são chamados de imbecis. Mas a leitora pode crer, dentre os tipos todos aí lembrados, fico com os imbecis, sinônimo de ingênuos. Sim, você pode estar dizendo que todos nós temos todos esses tipos ao mesmo tempo… E não está errada. Temos sim, mas também é verdade que em todos nós um determinado tipo prepondera. E essa preponderância nos faz aceitáveis ou, quando não estamos por perto, detestados. Ah, em tempo, é bom lembrar, e mais uma vez, a velha sentença romana: “In Medio Stat Virtus” – a virtude está no meio, um pouquinho de tudo. O diacho é controlar os ímpetos ou para a esquerda ou para a direita…

CUIDADO

Se alguém estiver disposto a começar um negócio próprio, é bom abrir o olho. Ouça a frase de um destacado empresário brasileiro: – “Não viver a ilusão de que, se tem um negócio, vai trabalhar menos. Isso não existe. Quem tem um empreendimento vai trabalhar mais”. Sei por mim mesmo, meu pai tinha armazém de secos e molhados. Era sair da cama às 5.30 da manhã e não ter hora para fazer os balanços do dia. Pensar antes. Moleza? Só em Brasília…

GARANTIAS

Quem é que nos garante a liberdade? Não, não é a Constituição, são as polícias e as forças armadas, sem elas, babaus, vai-se o boi da liberdade com a corda. E será que esses “brasileiros-fugitivos” que estão voltando para o Brasil em aviões da Força Aérea estão dando nos militares os abraços apertados e de agradecimento que devem dar? Ou os oportunistas dissimulados só se lembram dos “santos” quando a vida lhes troveja? Oportunistas!

FALTA DIZER

Foi dia destes, em São Paulo. Manchete – “Homem morreu baleado após ser confundido com um javali durante uma caçada”. Tem cabimento? Tem cabimento um estúpido sair de casa, com arma pesada, para matar “prazerosamente” bichos indefesos e acabar matando uma pessoa? Justiça férrea nesses tipos.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.