Quando falamos em peso corporal, nos deparamos com um mundo de contradições. De um lado, a mídia define pessoas magras (ou quase desnutridas) como referência de beleza, como padrão. Por outro lado, a oferta de comida está cada vez mais abundante e calórica. Além disso, tanta tecnologia torna o esforço físico nas atividades diárias cada vez menor.
É fato que a vida atual torna nossos dias tumultuados, com alimentações rápidas, pouco mastigadas e gordurosas. Produtos ultraprocessados estão cada vez mais acessíveis e, somadas ao estresse e inatividade física, fazem com que a obesidade se torne uma verdadeira epidemia.
O dia 4 de março é lembrado como o Dia Mundial da Obesidade- conscientização e desafios, uma data dedicada a aumentar a conscientização sobre essa doença crônica, que afeta pessoas de todas as idades e também os mais socialmente vulneráveis.
Mas afinal o que é a obesidade? Um distúrbio que envolve excesso de gordura corporal, aumentando o risco de problemas de saúde. Em geral, a obesidade resulta da ingestão de mais calorias do que as “queimadas” por exercícios físicos e atividades diárias normais.
Uma pessoa está obesa quando o índice de massa corporal (IMC) dela é de 30 ou mais. O sintoma principal é o excesso de gordura corporal, o que aumenta o risco de problemas de saúde graves.
A base do tratamento são mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios.
Então, é importante mastigar bem os alimentos, comer devagar e saborear cada colherada, fracionar a dieta em 5 ou 6 refeições por dia (preferencialmente de 3h em 3h), evitar comer fora dos horários estabelecidos, iniciar o almoço e jantar pela salada (vegetais folhosos e legumes) para aumentar a saciedade, dar preferência às carnes vermelhas magras e retirar toda a gordura visível e às carnes brancas (frango, peixe). Assar, cozinhar, refogar e grelhar é mais saudável que fritar. Dar preferência ao leite desnatado e queijos magros.
Além dessas orientações, é imprescindível comer com frequência vegetais folhosos (alface, almeirão, couve, rúcula, agrião, tomate, pepino, rabanete.), legumes (abobrinha, abóbora, vagem, chuchu, quiabo.) e frutas com casca ou bagaço, bem higienizados. Por serem fontes de fibras, ajudam na saciedade, na manutenção da glicemia e colesterol estáveis, auxiliam no funcionamento do intestino. Importante também ingerir bastante água.
A obesidade é um problema mundial e devemos olhar com preocupação para o fato, evitando as doenças que podem ser agravadas em decorrência dela. Não pela busca de aparência, de padrões estéticos, mas pela saúde e bem-estar. E a melhor forma de alimentar-se bem é ingerindo “comida de verdade”, conhecendo os ingredientes usados em seu prato, se conectando aos processos, preparando sempre que possível e deixando de lado os ultraprocessados.