A leitura tem o poder único de nos transportar para universos desconhecidos, expandindo a nossa visão de mundo e nos oferecendo liberdade para pensar além das bolhas e barreiras do presente. Em tempos onde a informação é abundante, mas, em sua grande maioria, quando não superficial é fake, há quem busque nos livros um refúgio rico, seguro, profundo e contínuo.
Identificamos três, entre tantos cidadãos jaraguaenses que cultivam suas bibliotecas particulares como verdadeiros santuários de conhecimento e reflexão. Para eles, os livros são portais para diferentes realidades, pensamentos e culturas. Em um mundo em que a pressa e a distração são constantes, o hábito de ler se destaca como uma forma inteligente de resistência, uma escolha consciente por um diálogo íntimo com autores, filósofos, e poetas que atravessaram o tempo.
Esses garimpeiros do conhecimento mostram que, ao mergulharmos nas páginas de um livro, encontramos muito mais do que histórias: encontramos a nós mesmos e, por conseguinte, ampliamos nosso mundo. O valor da leitura é incalculável. Ao lermos, desenvolvemos uma visão crítica e plural sobre o mundo, aprendemos a compreender melhor a complexidade das relações humanas, das diferentes culturas e da história. A leitura nos oferece a liberdade de formar nossas próprias opiniões e nos desafia a questionar o status quo.
Afinal, o verdadeiro leitor nunca está preso à sua própria perspectiva; ele está constantemente aberto a novas ideias, conceitos e visões de futuro. Esses garimpeiros do conhecimento sabem que uma sociedade que lê é uma sociedade que pensa, que reflete, que tem a capacidade de transformar o seu presente em algo melhor.
Os livros têm esse poder transformador. Se o mundo parece vasto para quem lê, o oposto também é verdadeiro, pois, um mundo sem leitores seria um lugar estreito, preso em ideias retrógradas, diminutas, limitadas e preconceituosas. Ninguém mais que o imortal Monteiro Lobato para traduzir a tragédia de um mundo sem leitores: “quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê”.