Benefícios Eventuais em baixa: o que isso significa?

Por: Editorial

16/10/2024 - 06:10

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O levantamento feito pela Secretaria de Assistência Social e Habitação da Prefeitura de Jaraguá do Sul revela um dado positivo para a cidade: uma redução significativa no número de usuários de benefícios sociais entre janeiro e setembro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023.

A diminuição no uso de auxílios como Cartão Social, Aluguel Social, Auxílios Funeral e Natalidade é atribuída à melhoria das condições socioeconômicas da população e a uma gestão mais eficiente dos recursos e programas sociais. Esse resultado, embora local, desperta uma reflexão sociológica sobre a potencial replicabilidade desse modelo em escala nacional, sobretudo no contexto de programas como o Bolsa Família.

A Secretaria de Jaraguá do Sul destaca que a capacitação e a inclusão no mercado de trabalho foram fatores decisivos para a redução da demanda por Benefícios Eventuais, sinalizando que políticas que investem em autonomia e qualificação dos cidadãos tendem a gerar resultados mais sustentáveis.

Trata-se de uma abordagem que não se limita ao assistencialismo pontual, mas que busca promover a autossuficiência e a dignidade das pessoas assistidas. Ao observarmos o cenário brasileiro, essa metodologia oferece uma perspectiva interessante para o aperfeiçoamento do Bolsa Família, que historicamente tem sido alvo de críticas pela suposta dependência que pode gerar nos beneficiários.

A experiência de Jaraguá do Sul sugere que a chave para transformar essa lógica está na criação de mecanismos que incentivem a capacitação profissional e a inclusão no mercado de trabalho, reduzindo a dependência do cidadão em relação aos auxílios estatais. Em que pese as peculiaridades econômicas e culturais de cada região do Brasil, a reavaliação dos critérios para concessão dos benefícios, aliada ao foco em soluções de longo prazo, como ocorreu em Jaraguá do Sul, pode ser um caminho promissor para repensar políticas sociais em todo o país.

Uma gestão mais criteriosa e uma visão de futuro que valorize a autonomia e a inclusão social poderiam, de fato, transformar os programas assistenciais brasileiros, tornando-os ferramentas eficazes de emancipação e desenvolvimento humano.

 

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