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Batedores de asas – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

21/02/2024 - 07:02

De fato, não há nada de novo abaixo do sol. Todos os dias as mesmas coisas. Trocam-se nomes, endereços, mas nada de novo sobre a condição humana. Acabei de ler sobre o drama de um homem muito rico, chegando à casa dos oitenta. Esse sujeito, riquíssimo, foi levado para uma casa geriátrica sob o argumento de que os filhos trabalham e eles não têm com quem deixar o pai, o pai precisa de alguns cuidados especiais. Veja bem, o sujeito levado para o asilo é um homem rico, tem filhos “doutores”, isso e aquilo, mas vai ser “abandonado”… Fatos semelhantes se juntam na memória, daí que falando sobre essa história lembrei-me de uma entrevista dada pelo cantor Latino depois de visitar uma atriz, doente, muito mal de saúde e… Esquecida no hospital pelos colegas. “Esquecida”. Ao sair da visita à atriz, Latino disse que: – “É muito fácil quando se está no auge ser bajulado por amigos, mas quando a luz apaga e a gente sai de cena todos viram as costas para a gente…”! Latino está correto, vale para os famosos, para os ricos, para os bajulados quando numa boa, mas vale e muito mais para qualquer de nós, solteiros ou casados. Filhos, maioria, batem as asas, inventam desculpas e caem fora. Já falei aqui, se você quiser conhecer parentes que nunca viu antes na vida, ganhe na Mega-Sena. Você vai conhecer esses parentes e receber muitas visitas de “amigos” em casa, ô, se vai. A canalhice humana não tem tamanho. Esta semana fiquei sabendo também de uma jovem mulher, alardeada por isto e mais aquilo, mas… Bastou ter a chance de ir estudar em outra cidade, em outro estado, lá se foi ela… Foi morar na mesma cidade do namorado. Vai morar apenas na mesma cidade ou vai morar na mesma cama com ele? E os pais? – “Ah, eles têm que compreender que a vida é assim, que temos mesmo que bater as asas em muitos momentos…”! E por que o amante não veio morar em tua cidade, hein? Solidão e abandono dos “velhos” é uma verdade constrangedora. Claro, não para os filhos que são Filhos de fato e para os amigos que sempre foram Amigos… Raros.

FERRO

Dos chamados “moradores em condição de rua” raros são de fato pessoas em necessidade. A estupenda maioria é de vagabundos. Vi a cena num shopping de Florianópolis. O sacripanta entrou e foi abordando pessoas, pedindo dinheiro. Um dos abordados estava falando no celular, não deu nada. Ah, pra quê! Você precisava ver e ouvir os palavrões gritados que o “necessitado” vomitou para todos ouvir. E se alguém tivesse feito justiça com o vagabundo? Os hipócritas o apedrejariam. Sem rodeios, trabalho ou “ferro”, vagabundos!

CONFIANÇA

Confiança em quem, como? Já falei aqui do despudor de muitíssimas empresas ao reduzir o peso dos produtos, mas mantendo a embalagem por igual. Letrinhas quase impossíveis de ler falam do “novo” peso do produto. Trapaça para enganar os otários, canalhas. E agora leio esta manchete: – “Pesquisas feitas nos EUA analisaram 280 mostras de água mineral e apenas uma passou no teste de microplásticos”. Quer dizer, águas envenenadas… Socorro!

FALTA DIZER

Frase velha, Adão já a vivia dizendo a Eva: – “Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade”. Sempre tem que haver um motivo para tudo o que fazemos, no caso da felicidade é o inconformismo existencial que nos infelicita. Sem motivo ninguém muda a vida. A partir do motivo, sim, é possível ser feliz.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.