O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, para 14% ao ano. A decisão foi unânime.
A taxa estava em 14,25% ao ano desde julho do ano passado. Nas nove reuniões anteriores, o BC decidiu manter a Selic no mesmo nível, no mais longo período de estabilidade desde 1999. Os juros não eram cortados desde 2012, quando o BC decidiu baixá-los de 7,5% para 7,25% ao ano. Segundo analistas de mercado ouvidos pela agência de notícias Reuters, um corte de 0,25 ponto - e não de 0,5 - sinaliza que o BC não tem pressa para reduzir os juros diante de uma inflação ainda alta e com a incerteza sobre a votação, no Congresso, de medidas para equilibrar as contas públicas.
Juros x Inflação
Os juros são usados pelo Banco Central para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a caírem. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo. A meta é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 2 pontos, ou seja, pode variar entre 2,5% e 6,5%.
Porém, a alta dos preços está bem acima desse limite máximo. Apesar de ter desacelerado em setembro, atingiu 8,48% em 12 meses. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a desaceleração mais acentuada do que se esperava da inflação em setembro indica que o país “está voltando à normalidade”.
Temer já liberou R$ 5,4 bilhões
Em cinco meses na Presidência, Michel Temer já editou medidas provisórias (MP) para liberar R$ 5,4 bilhões para despesas inesperadas. Foram cinco MPs promulgadas pelo governo Temer determinando a abertura de créditos extraordinários. Em grave crise financeira, o Estado do Rio de Janeiro foi o principal beneficiário, com R$ 2,9 bilhões.
Créditos extraordinários também foram destinados à Justiça Eleitoral, à Justiça do Trabalho, ao Ministério da Integração Nacional e à própria União. As informações foram apuradas pelos repórteres do UOL Gabriel Hirabahasi e Luiz Felipe Barbiéri.
Diesel é produto com maior receita na indústria
O Brasil tinha, em 2014, 41,2 mil empresas industriais com 30 ou mais pessoas ocupadas. Em suas 51,4 mil unidades produtivas, essas empresas comercializaram 3.441 diferentes tipos de produtos, que geraram receita de R$ 2,2 trilhões naquele ano. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Anual – Produto (PIA Produto 2014), que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está divulgou na quarta-feira (19).
Os dados mostram ainda o ranqueamento da totalidade dos produtos, o valor das vendas de cada um, assim como sua posição de liderança no mercado. O levantamento do IBGE indica que, pelo valor de venda, o óleo diesel manteve em 2014 a liderança do ranking industrial, respondendo por 3,5% dos R$ 2,2 trilhões gerados de receita pelo setor industrial – o equivalente a R$ 75,1 bilhões.
Dólar volta a fechar no menor valor em mais de dois meses
Em queda pelo segundo dia seguido, a moeda norte-americana voltou a fechar no menor valor em mais de dois meses. O dólar comercial encerrou a quarta-feira (19) vendido a R$ 3,169, com queda de R$ 0,014 (-0,44%). A cotação está no menor nível de fechamento desde 11 de agosto (R$ 3,14).