A recente notificação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) sobre a presença de 12 marcas de azeite de oliva impróprias para o consumo, acende um sinal de alerta ao consumidor, embora, em Jaraguá não se identificou irregularidades. Entretanto, o que se espera ao adquirir um produto essencial como o azeite, é qualidade e segurança. Ocorre que, diante do cenário econômico e das oscilações do mercado, algumas empresas recorrem à adulteração, como forma de ‘reduzir custo a qualquer custo’, prática ilícita que compromete a confiabilidade do setor, e, sobretudo, a saúde dos consumidores. A adulteração, ou vulgo ‘batismo’, envolve a adição de outros óleos vegetais, reduzindo a pureza e desvirtuando o que deveria ser um produto benéfico à saúde. E, em casos extremos, essa manipulação de ingredientes pode representar riscos graves para a saúde, especialmente em pessoas que precisam de cuidados alimentares especiais. Não é só uma questão de sabor ou autenticidade, mas de integridade do que consumimos. Essa é só mais uma prova de que a corrupção no Brasil é endêmica, está em toda a dimensão da sociedade. Segundo o Mapa, os testes realizados no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária foram decisivos para identificar essas fraudes. Esses exames servem como uma garantia pública de que o alimento consumido está de acordo com as regulamentações. Contudo, quantas vezes produtos adulterados circulam antes que uma fiscalização eficiente intervenha? O caso dos azeites é um lembrete do quanto o consumidor deve estar atento, e do quanto o poder público precisa reforçar a fiscalização, ampliando os esforços para impedir que produtos de baixa qualidade, ou falsos, cheguem às prateleiras. Esse episódio reforça, outrossim, a importância de termos um controle de qualidade mais rigoroso, para evitar que o consumidor seja enganado. Cabe também a cada um de nós a responsabilidade de buscar informações sobre o que estamos comprando, confiando em marcas com histórico de credibilidade e transparência. Enfim, a saúde não tem preço.