Nesta sexta-feira, Jaraguá do Sul dá um passo importante para garantir um dos direitos mais essenciais de sua população: o acesso à água segura e de qualidade. A Audiência Pública sobre o Plano de Segurança da Água é um espaço democrático onde a comunidade pode participar ativamente das decisões que afetam seu bem-estar. O mundo já vive uma crise hídrica conjugada com degradação ambiental, impondo desafios reais. Por isso, discutir políticas públicas para proteger esse recurso vital é mais do que necessário, é urgente.
A segurança hídrica vai além da simples distribuição de água tratada. Envolve planejamento estratégico para prevenir contaminações, garantir abastecimento contínuo mesmo em períodos de seca e assegurar que os mananciais sejam preservados. O Plano de Segurança da Água (PSA) é justamente a ferramenta que estabelece esses protocolos, identificando riscos e propondo soluções. No entanto, sua eficácia depende de transparência e participação social. Afinal, são os moradores que conhecem as vulnerabilidades locais, como vazamentos recorrentes, áreas de alagamento ou fontes poluídas por atividades industriais.
A realização dessa audiência reflete um princípio básico da gestão pública: o poder emana do povo. Quando o cidadão é ouvido, as políticas ganham legitimidade e aderência à realidade. Infelizmente, ainda há quem subestime esses espaços, tratando-os como meras formalidades. Mas a história mostra que problemas ambientais e sanitários muitas vezes poderiam ser evitados se houvesse maior fiscalização e envolvimento popular.
Além disso, em um município como Jaraguá do Sul, onde o desenvolvimento econômico e a expansão urbana pressionam os recursos naturais, o diálogo entre poder público, empresas e sociedade é crucial. A indústria, vital para a economia local, deve assumir sua responsabilidade na preservação dos rios e aquíferos. Já o governo precisa investir em infraestrutura e monitoramento constante. E a população, por sua vez, deve se informar, cobrar e colaborar, evitando desperdícios e denunciando irregularidades.
Portanto, a audiência desta sexta-feira é uma oportunidade coletiva de definir o futuro da água que bebemos, cozinhamos e usamos diariamente. Compareça.