A reabertura do Centro de Atendimento para Dengue em Jaraguá do Sul nesta sexta-feira (20) é um óbvio alerta de que a luta contra essa doença está longe de ser vencida. Com a chegada do verão e o alto volume de chuvas, o cenário é propício e certo para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.
A combinação entre calor e água parada aumenta drasticamente o risco de um surto, colocando toda a comunidade em alerta. Os números dos últimos anos já nos mostraram que a dengue deixou de ser um problema esporádico. Hoje, trata-se de uma questão de saúde pública que exige ação contínua e consciente de todos.
E aqui reside o desafio: por mais que o poder público se empenhe em campanhas, mutirões de limpeza e tratamentos químicos, a prevenção real está dentro dos lares, nas ações, consciência e responsabilidade individuais. É fundamental lembrar que 80% dos criadouros do Aedes aegypti estão em ambientes domésticos. Pneus abandonados, vasos de plantas, caixas d’água destampadas e até pequenos objetos esquecidos nos quintais podem se tornar um foco.
Por isso, o combate à dengue é uma tarefa coletiva. Cada morador deve assumir o compromisso de civilidade e fiscalizar com critério seu espaço, eliminando qualquer possibilidade de acúmulo de água. O Centro de Atendimento para Dengue é uma medida necessária para lidar com os casos que, infelizmente, não serão evitados. No entanto, ele não pode ser visto como a solução definitiva.
A prevenção ainda é a arma mais eficaz. Por isso, este editorial é um chamado à consciência e à responsabilidade. Jaraguá do Sul tem um histórico de união em momentos críticos. Que esse espírito prevaleça agora, pois cada gesto, por menor que pareça, pode salvar vidas. Combatamos o mosquito antes que ele se torne uma epidemia incontrolável.