Jaraguá do Sul enfrenta um cenário preocupante: 33 localidades estão infestadas pelo “Aedes aegypti”, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Isso representa é um sinal de perigo real para a saúde pública. A dengue mata. E, se o senso de cuidado coletivo continuar pacato, as consequências podem ser graves. O poder público tem sua parcela de responsabilidade, com ações de fiscalização, fumacê e campanhas educativas. No entanto, a verdade é que, sozinho, o governo não vencerá essa batalha.
O mosquito se reproduz em ambientes domésticos, em qualquer pequeno acúmulo de água parada. Um vaso de planta, uma calha entupida, um pneu abandonado no quintal, se tornam criadouros. Por isso, o combate exige a participação ativa de toda a sociedade. É uma questão de cidadania. Então, qual deve ser a nossa postura? Em primeiro lugar, a vigilância constante. Cada cidadão deve inspecionar sua casa e seu entorno semanalmente, eliminando focos de água parada. Vizinhos devem se alertar mutuamente, pois um único foco pode colocar uma rua inteira em risco. Empresas e condomínios também precisam fazer sua parte, mantendo áreas comuns limpas e livres de possíveis criadouros. Além disso, é preciso desmistificar a ideia de que a dengue só afeta os outros.
Os sintomas – febre alta, dores musculares, manchas vermelhas – podem evoluir para formas hemorrágicas, com risco de morte. Idosos, crianças e pessoas com comorbidades são especialmente vulneráveis. A prevenção salva vidas. Jaraguá do Sul já mostrou, em outras ocasiões, sua capacidade de união em prol do bem comum.
Agora, é hora de agir novamente. Denuncie terrenos abandonados, participe de mutirões de limpeza e exija ações das autoridades, mas não espere apenas por elas. O mosquito é um inimigo silencioso e implacável. Só venceremos essa guerra se cada um fizer sua parte. Seguir essas orientações é salvar vidas.