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Até aonde devemos ir? – Leia a coluna de Luiz Carlos Prates

Por: Elissandro Sutil

21/10/2022 - 05:10 - Atualizada em: 21/10/2022 - 07:54

Tenho um livro que virou um tipo especial de travesseiro para mim: – “Farmácia de Pensamentos”, de Sônia de Aguiar. O livro é mesmo uma farmácia, afinal, quem não sabe que frases são remédios? Boas frases são vitaminas, fortificantes. Nesse livro da Sônia há uma frase atribuída a Blaise Pascal, o francês. Pascal foi de tudo um pouco, escritor, poeta, físico, matemático, como, aliás, não era incomum no passado. Pascal abriu as janelas de sua cabeça e deu no que deu. Pascal, (1623/1662), viveu pouco, mas iluminado.

Ele fez de uma feita uma frase prosaica, mas incontestável – “De que vale ao homem (eu digo ser humano) conquistar mundo, se perder a alma”? Eu troco alma por paz. Vivo dizendo aqui, ali e acolá que os ricos, muito ricos, são costumeiramente infelizes. Não conheço um rico feliz. Bisbilhoto a vida deles, leio o que posso, fico ligado, enfim. Não são felizes. Faz sentido. A vida só faz sentido quando lutamos pelo de que precisamos, não mais. O diacho é que muitas pessoas não se flagram que ter mais do que precisam é encrenca na certa.

Antes de tudo, ter muito dinheiro exala um “cheiro” especial, e esse cheiro atrai oportunistas e vadios de todos os tipos, a começar por muitos familiares. Para a nossa paz, o caminho é lutar para termos o de que precisamos, não mais, relaxar e viver. E aí daremos de cara com a felicidade. Aliás, a felicidade parece que odeia mansões, carrões, exibicionismos, fachadas de todo tipo, a felicidade é muito discreta, ela odeia estamparias… Vejo todos os dias pelas redes sociais (?) os desesperos de pessoas para serem notadas, comentadas, admiradas. Talentos e decência?

Nada. Vazios, ainda que muitos e muitas tenham dinheiro empilhado no banco. É triste, mas o que mais se vê é exatamente isso, poses mentirosas e suspiros enganosos. Felizes? Nada. Muitas pessoas na vida, atletas, por exemplo, sofrem muito quando têm que encerrar a carreira, e não é por dinheiro que ficam amuados, é por ter que abandonar suas paixões. Precisamos do que precisamos, o mais tem que ser vida, viver. Triste é saber que não há uma régua para traçar uma reta onde devemos fazer a mudança do ter para o ser… O ser feliz.

SAUDADE

Saudade de três professores, irmãos maristas, caras que me mudaram a vida. E me mudaram a vida pelos puxões de orelha que me deram ao longo dos meus anos de escola marista, eu, um guri bobo. Irmãos Narciso, Crestani e Diógenes, bah, daqueles professores inesquecíveis, professores que educavam sem baixar a voz, passando a quem merecia a devida e incondicional carraspana. Que beleza! Esse tipo de professores faz hoje muita falta, bah, se faz!

CAMISETA

Foi dia destes, num jogo do Flamengo contra o São Paulo, pela Copa do Brasil. Havia um torcedor do Flamengo nas arquibancadas segurando um cartaz. No cartaz, lia-se: – “Roni, fui teu professor, me dá a tua camisa”. O Roni ficou sabendo, abanou para o professor. Terminado o jogo, Roni pulou a cerca das arquibancadas, deu um baita abraço no professor, tirou a camisa do Flamengo e deu a ele. Ah, não faz isso, Roni. Fizeste-me chorar, cara!

FALTA DIZER

Já completaste 40 anos? Já é tarde para “começar” a pensar na velhice. Ouça esta manchete – “Mais velhos e mais pobres”. A população mundial envelhece sem parar e… Sem futuro. As famílias não costumam ou não podem ajudar e as pessoas vão ficando nos abandonos. Abrir o olho. Asilo é triste…

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Elissandro Sutil

Jornalista e redator no OCP