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Amor ou saldo bancário? – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

16/04/2024 - 07:04

Reencontrei ontem um velho amigo, colega de rádio e tevê em Porto Alegre. Tudo bem, como é que tu vais…? Aquelas perguntas de reencontro. Em seguida, emendei: E a fulana? (a colega com que o amigo casou). – Ah, estamos separados, faz tempo, respondeu o amigo. Resumindo a ópera, essa me foi a grande novidade no reencontro, a separação dos outrora apaixonados pombinhos. Saí pensado, os dois se amavam, pelo menos diziam isso. Sim, talvez se “amassem” naqueles dias, não perguntei da razão da separação, sei que ouviria uma versão pessoal… Não importa, o que importa é o fracasso na relação. Depois desse encontro, fui remexer nos meus arquivos, fui para o catálogo: Amor e casamentos. Foi abrir o arquivo e dar de cara com uma manchete antiga, manchete do extinto Diário Catarinense, exatamente onde os outrora “pombinhos” trabalhavam, se encontraram e casaram. A manchete dos meus arquivos era esta: “Quando falta dinheiro, os casamentos acabam”. Não concordo com a manchete. Mas não a recuso como verdade para a maioria. Aliás, já disse aqui que nos casamentos, mais importante que o sexo é o dinheiro. – Ah, querida, faltou dinheiro o amor vai se esvaziando com pneu furado. Mas espere, que tipo de amor é esse que vale e resiste só pelo saldo bancário? Amor não pode depender de saldo bancário. Vejo todos os dias na televisão mulheres jovens ou nem tanto, mulheres de talento, ricas, muito ricas, e fico me perguntando: – E aí, Prates, casarias com aquela ali? “Não, não casaria, ainda que a reconheça (um exemplo fictício) como bonita, talentosa, educada, rica, mas… Não, obrigado, não fecho o circuito com ela”. O que mais vemos hoje são “ajuntamentos” por popularidade dele ou dela, pelo dinheiro dele ou dela, pelas “curtidas”, dele ou dela… Credo com esse tipo de gente. Se o estar junto não estiver alicerçado sobre uma admiração pela parceria, se não houver dedicação, se não houver um profundo desejo de estar ao lado da pessoa, sentir-se bem com ela e de fato amá-la não é casamento, é ajuntamento por algum interesse. Nesses casos, alô, divórcio, dá uma chegadinha aqui!

LEI

Melhor cancelar a Lei Maria da Penha, lei criada pela “permissão” dos homens, mas… Da boca para fora. Todos os dias o Brasil testemunha um horror de matança de mulheres. E nada acontece aos machos de araque, que não batem em homens do tamanho deles, mas se prevalecem da força física diante das mulheres, covardes. E não vejo absolutamente nada numa reação em contrário. Mas uma reação das mulheres bem que pode começar em breve, elas são “maioria” eleitoral…

REZAR

Muitas pessoas rezam todos os dias, juntam as mãos, mexem os beiços e dizem palavras da boca para fora, só. Fé e ação juntas, de modo enérgico e contínuo para transformar os pedidos em realizações, ah, isso não. É a velha história do provérbio árabe: – “Reza, mas amarra o teu cavalo”! Sem amarrar o cavalo ele vai fugir, com rezas ou não. Vale para tudo na vida. Os acomodados e sem fé o que mais fazem é rezar, orar, como muitos dizem… E daí? Sem ações? Neca, peteca! Deus não ajuda a quem não se ajuda!

FALTA DIZER

Pensei que era coisa batida, não é. A manchete voltou: – “Não monogamia em alta: 62% dos jovens gostariam de um relacionamento aberto”. Os homens que dizem isso são os mesmos vagabundos que matam as mulheres que os mandam embora de um relacionamento. Os canalhas, querem amantes mesmo casados.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.