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“Alzheimer canino: a doença dos pet velhinhos”

fotos: divulgação

Por: Coluna Pet

18/03/2024 - 09:03 - Atualizada em: 18/03/2024 - 16:04

 

Agora que os pets têm uma vida mais longa devido aos cuidados que proporcionamos a eles, está cada vez mais frequente o diagnóstico de Alzheimer canino. Se caracteriza por uma “Disfunção cognitiva”, nome técnico para a doença que causa demência nos peludos, e como ela apresenta sintomas muito semelhantes ao que seres humanos têm, também ficou conhecida como Alzheimer canino.

Essa doença atinge o sistema nervoso do pet e causa alteração em todo o organismo, mas os sintomas são principalmente observados no comportamento dos cães idosos.

O Alzheimer em cães é uma doença degenerativa e progressiva que atinge o cérebro dos cães e, infelizmente, não tem cura. Acomete os animais idosos, normalmente a partir dos oito anos, dependendo do porte do animal. Apesar de ser comum, essa doença pode estar sendo subdiagnosticada, pois muitos tutores ainda não conhecem os sintomas de Alzheimer em cachorro.

Os sintomas se manifestam com alterações comportamentais sutis, que se agravam com a evolução da doença. A mudança de comportamento e a rotina diária são os principais fatores associados ao diagnóstico da enfermidade. Cinco grandes alterações são as principais encontradas no cachorro com Alzheimer: desorientação, alteração nas interações com outras pessoas e animais, ciclo sono-vigília, problemas de higiene e alteração nas atividades comuns, como brincar e passear.

Os cães com essa doença se perdem em locais que conhecem (até mesmo dentro de casa), tentam sair por locais errados que não sejam a porta, fixam o olhar em um ponto fixo, andam compulsivamente, andam girando em torno do próprio corpo e podem trocar o dia pela noite. Alguns cães também podem latir muito, uivar e chorar sem motivo e até mesmo ficar arranhando o chão. Podem ficar mais estressados, pois esquecem onde fica o comedouro e bebedouro, e também defecam em locais inapropriados.

O objetivo do tratamento de Alzheimer canino é proporcionar mais qualidade de vida ao pet, com mais interação entre tutor e animal. Ele visa impedir a progressão da doença ou, ao menos, que seja uma progressão mais lenta. A implementação do tratamento pode ser feita com medicações que retardam a progressão das degenerações cerebrais. Há medicações que tentam regular o ciclo do sono nos pets que não conseguem dormir ou trocam o dia pela noite. Alguns suplementos nutricionais potencializam as medicações e diminuem as ações de radicais livres que causam danos ao cérebro, com ações antioxidantes e anti-inflamatórias.

O último fator, mas não menos importante, é estimular a função cerebral, fazer passeios curtos para sentir novos cheiros, interagir com outras pessoas e animais e manter uma rotina sem grandes mudanças. Inclusive, evite trocar móveis, a casinha onde o pet dorme, comedouro e bebedouro de lugar.

 

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