A crise do leite atinge em cheio os produtores catarinenses. Com mais de 30 mil famílias ameaçadas e um preço pago ao produtor que desabou para menos de R$ 1,80 por litro, manter-se na atividade virou um ato de resistência. Nesse cenário dramático, a Alesc realizou audiência pública, promovida pela Comissão de Agricultura, para buscar saídas e soluções. Deputados como Altair Silva (PP) e Oscar Gutz (PL) colocaram o tema no centro do debate, reunindo governo estadual, cooperativas, entidades como Faesc, Ocesc e Sindileite e, principalmente, produtores que lotaram o auditório do Plenarinho com o doloroso recado estampado no peito: “Luto pelo Leite”. Discutiram-se medidas urgentes — controle das importações, apoio financeiro temporário, incentivo à industrialização — todas indispensáveis para frear o abandono da atividade, que já reduziu em mais de 10% a produção segundo a Epagri/Cepa. Mais do que discursos, saiu dali uma comissão dedicada a levar as propostas ao governo catarinense e ao governo federal.
Comissão
A comissão criada na Alesc para auxiliar os produtores de leite terá a participação dos deputados estaduais Altair Silva (PP) e Oscar Gutz (PL); o presidente da Faesc, José Zeferino Pedroso; a presidente da Uvesc, Marcilei Vignatti; os prefeitos Chico Folle, de Xaxim; o secretário da Agricultura, Carlos Chiodini; e o deputado federal Valdir Cobalchini (MDB).
Inovação
A Fapesc vai promover eventos em três regiões do estado para aproximar pesquisadores e empreendedores a oportunidades de internacionalização e ao Horizonte Europa – maior programa de fomento à pesquisa e à inovação do mundo com orçamento de 95 bilhões de euros. Os eventos acontecem nos dias 25, em Joaçaba; 26, em Florianópolis; e 27, em Joinville.
COP 30
Representantes da Alesc levaram ideias para a COP 30, em Belém. Marquito (PSOL) apresentou o relatório “A Terra Pede Cuidado – Contribuições de SC em Tempo de Emergência Climática”; e Mauro De Nadal (MD) propôs compensação financeira para preservação; incentivos fiscais em energia limpa e renovável e compensação ambiental com recursos para saneamento básico e proteção hídrica.
Código Civil

Foto: Divulgação/ CFOAB
A advogada catarinense Clarissa Medeiros Cardoso defendeu, em audiência pública no Senado, a manutenção de dispositivos baseados em princípios já previstos na LGPD e no Marco Civil na Reforma do Código Civil. Ela também defendeu o reconhecimento do conceito de patrimônio digital – como milhas e créditos de cartão -, permitindo a sua penhora em processos judiciais.