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Ah, se você soubesse…

Foto: Freepik

Por: Andreia Chiavini

07/07/2023 - 15:07 - Atualizada em: 07/07/2023 - 15:30

Entre 2020 e 2030, quase 500 milhões de pessoas vão desenvolver doenças cardíacas, obesidade ou outras doenças atribuídas à inatividade física. O custo com este problema de saúde pública pode chegar a 27 bilhões por ano. E não sou eu que estou falando, é um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) que foi divulgado. Este relatório contém dados de 194 países e mostra um progresso lento nas nações para a criação de políticas públicas que possam reverter esse quadro.

Bom, eu não vejo farmácias fechando as portas, bem pelo contrário, as vejo cada vez mais. Vejo uma população cada vez mais doente fisicamente e emocionalmente. Vejo os consultórios cheios e as pessoas cheias de dor. Vejo a dificuldade em autocuidado e amor-próprio. Vejo um monte de desculpas para a inatividade. Vejo também uma inércia individual instalada em tomar uma atitude para mudar tudo isso.

Ainda estamos vivendo um estilo de vida pós-pandemia que não favorece em nada a atividade física. Tudo é feito virtualmente, resolvemos a vida pelo computador ou pelo celular, sem ao menos sair de casa. É claro que os dados assustam, e ainda mais se pensarmos no custo da saúde pública. Mas a mudança de mentalidade não deve depender dos governantes; ela deve acontecer em cada um de nós.

Ah, se você soubesse o quanto custa caro cuidar da doença. Tenho certeza de que não faria corpo mole e nem acharia esse assunto, já tão desgastado, desagradável e repetitivo. Se você realmente soubesse o sofrimento que é estar doente, e o quanto dói o arrependimento em não ter feito, levantaria da cadeira, colocaria um tênis nos pés e de forma consciente faria atividade física, que é muito mais barato.

A prevenção é algo mais barato do que tratar diabetes, infarto, AVC, dor na coluna, e tantas outras doenças. A prevenção custa pouco, apenas algumas horas da sua semana de dedicação, comprometimento e de um olhar mais voltado para si mesmo. Prevenir é investir no seu presente e no seu futuro. Mas, mesmo assim, se o aprendizado for pela dor, porque nada é mais mobilizador do que não ter opção, que seja possível reverter o problema.

Muitas vezes não há tempo hábil nem condições físicas e emocionais para isso. Faça alguma coisa. Reaja e cuide-se. Seja um exemplo para seus filhos, sua família e amigos. Precisamos de bons exemplos para acreditar numa vida melhor e com qualidade.

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Andreia Chiavini

Fisioterapeuta especialista em Fisiologista do Exercício e Certificada em Pilates, TRX e RPG. Crefito: 77269-F.