Esse suspiro – Ah, não vou arriscar! – tem pai. Pai, eu disse. O pai desse suspiro, desse desabafo é o medo. E o medo, como todo pai, tem coisas boas e coisas ruins. O medo é um bom seguro de vida diante de certos possíveis perigos ou de agressões que vão mesmo nos liquidar se não as temermos. O medo é preservativo da vida e trapalhão de muitas de nossas possíveis realizações. É certo que daqui a vinte anos todos teremos alguns causticantes arrependimentos por não termos feito o que deveríamos ou queríamos fazer. Será tarde. E de quem será a culpa? Dos nossos medos e inseguranças. Costumamos jogar no futuro um medo meramente imaginado no dia de hoje. E quantos de nós agora suspiramos pelo que devíamos ter feito? Mas tem uma coisa: coragem, devemos saber, não é não ter medo, é prosseguir mesmo com medo, isso é coragem. Pensar, calcular bem o pulo, admitir um possível erro, mas… Dar o pulo. Quantos e quantos neste momento estão mordendo a língua diante de um desejo, de algo que lhes é possível, mas que exige levantar-se da cadeira e fazer, quantos? Mais das vezes, nossos medos são invenções nossas e nem sempre um arrependimento é maldição na vida. Fiz, errei, mas aprendi. Claro que há erros e erros, mas penso que pior de todos é o não agir, o ficar parado, deixar o trem passar e mais tarde acenar com o lenço branco da saudade… Muitos dos nossos desagradáveis medos bem que podem ser avaliados, estudados e desmanchados antes que nos lancemos no escuro e nos braços desse medo… O exemplo mais imediato é o de alguém diante de um possível casamento. E se ele ou ela não prestar? – “Ai, meu Deus, me ajuda”! Claro que o seu deus vai ajudá-la, ajudá-lo, basta que você, eu, ele, ela, quem for, abra os olhos e tire a cera dos ouvidos. Ninguém nos vai tapear se tivermos olhos de perceber e ouvidos de escutar. O medo desaparece ou a certeza se comprova. Quem confia em si mesmo erra menos, faz mais e chega mais perto da felicidade. Confiar em si mesmo por bons alicerces de sagacidade, inteligência e não por frescurinhas de uma prepotência fajuta. O barco nos espera, vamos lá? Não, ele não vai afundar…
EMOÇÃO
Emoção de ver jovenzinhos, “criançada” de 11, 12 anos, eles e elas, sentados, numa disciplina admirável e com atenção plena ao que era dito. Falo da palestra que fiz esta semana em Ibirama, SC, promoção da Polícia Militar para alunos da escola cívico-militar Valmor Ribeiro. Saí feliz e convencido, de fato, nada melhor que a educação. As crianças, os jovens crescem orientados para os melhores caminhos na vida. Educação é a vitamina da vida dos jovens.
APLAUSOS
Jamais tive vínculos políticos, sempre votei em “pessoas”, daí vem minha liberdade e sono tranqüilo. Então, não tenho por que silenciar o aplauso que passo à prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavam, por ter proibido na cidade eventos com teor sexual em ambientes públicos. Não tem cabimento mesmo pessoas saírem de casa para ver promiscuidades baratas e danosas à vida mental saudável. Aplausos, prefeita!
FALTA DIZER
Vejo nas ruas… Muita gente erradamente pensando que estão livres para vestir-se como bem entendem. Até podem, mas… Serão silenciosamente barradas em muitos momentos e ocasiões, como, por exemplo, na seleção de empregos. Ontem vi um sujeito num programa da GNT com barba no estilo “rabo de cavalo” abaixo do queixo. Pobre coitado, sem noção…