Dados do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) apontam que o número de acidentes com animais peçonhentos aumenta consideravelmente nos meses mais quentes, principalmente antes e depois de períodos chuvosos, já que aranhas, lagartas e serpentes, por exemplo, buscam lugares secos para se abrigarem. Além disso, é uma época do ano em que a oferta de alimentos é maior, fazendo com que esses animais saiam de suas tocas em busca desses alimentos e também de parceiros para reprodução. A exploração ambiental em áreas e habitats naturais, que força o deslocamento desses animais para áreas urbanas, também é um fator que aumenta os riscos de acidentes.
Em Jaraguá do Sul, os biólogos da Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente (Fujama) realizam inúmeras capturas de animais silvestres todos os meses, incluindo cobras peçonhentas como jararacas, corais verdadeiras e cascavéis. Outro perigo aqui na região Norte de Santa Catarina é o escorpião-amarelo, também bastante comum na Grande Florianópolis e Vale do Itajaí. Já a lagarta (taturana hemorrágica) é mais frequente no Meio-Oeste e Oeste. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde alerta para o aumento de acidentes com esses animais, já que no verão as pessoas acabam ficando mais expostas aos riscos em atividades de lazer e até de trabalho, pois com o calor acabam deixando de fazer uso de artefatos de proteção adequados.
De acordo com a CIATox/SC, em 2024 foram registrados 6.031 atendimentos relacionados a acidentes com animais peçonhentos, dos quais 25 foram considerados graves, causando a morte de cinco pessoas. As aranhas foram responsáveis por 3.350 casos, mais da metade do total. Em segundo lugar estão os acidentes com lagartas (1.145), seguidos por serpentes (551) e escorpiões (508). Todo cuidado é pouco! Em caso de acidente, não hesite em procurar atendimento assistência médica imediatamente.