Frases, pensamentos, poesias, textos de todo tipo são pílulas vitamínicas para nossa alma, temperos para a vida e alicerces para grandes saltos. Digo isso, leitora, leitor, depois de ouvir muitas pessoas, de todos os degraus sociais, chorando pitangas da vida. Queixas de todo tipo produzidas por pessoas de “aparentes” poderes. Ouvindo essas pessoas, lembro-me de várias frases guardadas em minha caixa de sapatos. Caixa de sapatos, não é computador. Pois essa frase de que lembrei diz que – “Nós somos os nossos próprios demônios. Nós nos expulsamos do paraíso”. Quem discorda? Já disse aqui que um sujeito pode estar sentado sobre um prego e sentir-se feliz, decisão pessoal, ninguém a pode contestar, outro sujeito pode estar na cadeira do Papa e sentir-se um picolé derretido. Decisão pessoal. Aliás, ah, como a memória é linda, dizendo isso me lembro de outra frase, quase uma oração, diz assim: – “Senhor meu Deus, dai-me paz para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as que posso e sabedoria para distinguir a diferença entre elas”. Quer dizer, o imutável não nos pertence, mas o resto sim, pertence. E aí, o que fazemos com esse “resto”, que na verdade é quase tudo o que temos na palma da mão? O que fazemos? Arrumamos desculpas. O casamento errado é culpa dele ou dela, não nossa, somos inocentes, fomos enganados. Sim, fomos enganados por nós mesmos, não quisemos ver com quem estávamos lidando, ora, bolas! Um trabalho errado, enfadonho, chato, de quem é a culpa? Jamais do empregador ou dos colegas, a culpa é da pessoa, ela criou o seu inferno. O paraíso de nossa vida está em nossas vontades, desejos, decisões e ações. Semear e colher o que foi semeado, se vale para a agricultura vale muito mais para nós, afinal, nossa cabeça é terra boa para todo bom plantio. Ah, outra boa frase, se bem me lembro dita por Confúcio, garante que – “É melhor acender a vela que amaldiçoar a escuridão”. E onde está essa vela? Ora, está onde estão todas as soluções para nossas escuridões: na nossa cabeça. Aceitar esse fardo é para poucos, daí que a multidão dos que vivem gemendo se alonga mais e mais, dia a dia. Faltando velas, ô!
RÉDEAS
Fique claro, um guri de três ou quatro anos não tem nada de criança “ingênua”, esse guri faz, pinta e borda pelo que ele quer tentando ganhar “espaço” por saber-se criança… Um guri fazendo berreiro, atirando-se no chão ou querendo algo que não lhe é de direito sabe o que está fazendo. Ele faz uso de sua “criancice” para obter vantagens. Tudo isso pela falta de uma rédea disciplinar muito bem puxada pelos pais. Nada de criança, tudo de um safado em crescimento. Ponto.
CRISTO
Estava vendo na televisão a Catedral de Notre Dame, reaberta semana passada depois de cinco anos fechada em razão de um incêndio. Um luxo nem de longe pensado pelo mais rico imperador romano, um luxo de cinema, filme de ficção, porém… Onde nasceu Cristo? Numa manjedoura, num estábulo, num cenário de simplicidade, de pobreza, de despojamento. E os falsos religiosos pintando e bordando no luxo. Cristo os identificou: “fariseus do templo”…
FALTA DIZER
Oito palavras para resumir como se chega à felicidade. Lá vão elas: – “Quer pouco, terás tudo. Quer nada, serás livre”. Fernando Pessoa. De fato, a ansiedade para termos mais e mais, sem necessidade, senão por vaidade, encurta-nos o caminho para o bem-estar. Idiotas acham que a felicidade mora no saldo bancário…