Aceite o desafio, viva o processo e esse corpo que dói vai melhorar

Foto: Freepik

Por: Andreia Chiavini

03/05/2024 - 11:05 - Atualizada em: 03/05/2024 - 14:53

A dor que dói, aquela que está aí há anos. Dói à coluna, dói o quadril, dói o joelho, dói a cabeça, dói o pescoço, dói o ombro, dói tudo, dói o coração, dói a alma. Tem protusão, tem degeneração, tem desgaste, tem tensão, tem emoção, tem historia, tem exame, não tem nada.

A dor que persiste, a dor que existe e ninguém acredita. A dor que limita e que dificulta, que torna incapaz, que traz mau humor, a ansiedade e o desespero. A dor que sente e se faz presente. A dor que não pode agachar, não pode sentar, não pode rodar e não pode dobrar. A dor que não pode nada. Só pode repousar.

Há o repouso, o grande inimigo. Mas ficar em pé força o joelho, ficar sentado estraga a coluna, não pode andar, então vamos rastejar. Vamos levitar e aí a dor passa. Não passa, ela está ali, faz parte da memória desse corpo que pede socorro e precisa viver. O corpo grita por socorro. O remédio não faz efeito, o fígado já não aguenta mais, o estomago manda sinais, o repouso não melhora e todas as intervenções não surtem efeito. O tempo passa e nada muda.

Para mudar é preciso perturbar o corpo e modificar as memórias existentes. Dar estímulos para o cérebro entender que pode ser diferente. Por vezes ficamos atrelados a informações pobres que nos mantém numa condição de incapacidade, sedentários e sem ação e reação.

Um corpo que não é encorajado a sair do sofá e a movimentar. Por que você não dá uma chance de movimentar seu corpo? Somos muito mais fortes e capazes do que imaginamos. Garanto que quem viver o processo e fizer o que tem que ser feito, vai melhorar. Aceite o desafio, entenda o que pode ser feito com você e dê um passinho à frente.

Quaisquer mínimas mudanças numa péssima condição, já fazem a diferença. O corpo se adapta aos estímulos dados, para que repetindo e repetindo, ele perceba que pode repetir mais. Pode mudar e ser transformado.

É um caminho a ser percorrido, mas temos a chance de a dor que antes era uma ameaça constante no seu corpo sofrido, seja diminuído. Seu físico e emocional irão mudar, pois terá controle novamente sobre você. Não busque obstáculos que dificultam sua vida, além da dor. Não caia na armadilha do medo que insiste em privá-lo de qualquer movimento.

O controle tem de estar em todo o resto do seu consciente que percebe que há coisas possíveis de se realizar, que há como enfrentar a dor. Pense nisso, o limite de quem sabe aonde quer chegar é quando chega, porque nada te para.

 

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Andreia Chiavini

Fisioterapeuta especialista em Fisiologista do Exercício e Certificada em Pilates, TRX e RPG. Crefito: 77269-F.