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A volta do amor – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

29/02/2024 - 07:02

Entrei no carro, liguei o rádio e comecei assobiar, nenhuma encrenca me passava pela cabeça… De repente, a encrenca me chega, chega sem aviso prévio. Em todos os postes da rua em que moro havia cartazes pendurados, virados para cá e virados para lá, de modo que todos os passantes pudessem ver a mensagem. A mensagem era de pensar: “Traga de volta seu amor”. Mensagem de uma “maga”. Abaixo do título da mensagem, dados e detalhes sobre “amarrações” amorosas. Telefone e tudo o mais. Fui ao centro e voltei para casa pensando: Trazer o amor de volta? Ora, se o “amor” foi embora, por que trazer o traste de volta? Ninguém abandona a quem ama. Se ele ou ela decide ir embora, demos graças ao Senhor. Uma horrorosa danação ficar ao lado ou ter ao lado alguém que não nos ame, não nos aprecie. E dito isso, fico pensando: quem vai em busca do amor que foi embora, quem? Já me foi contado por uma cartomante que são elas as que mais querem o “amor” de volta? Será? Na sociedade de hoje sabemos que os vagabundos, os lixos humanos esperneiam, esfaqueiam, matam as mulheres que decidem mandá-los embora. São os machos fajutos, são os bebês das mamães, mas que pensam que são Homens, não são. Agora, o que deve ficar muito claro em nossa cabeça é que quem nos abandona, quem nos demite, quem nos trai, seja do modo que for, não nos quis e querer a volta desses ultrajes é não ter dignidade. Quis ir embora? Graças à vida, suma. Ademais, gostaria de entrar na cabeça de alguém que teve ele ou ela de volta a partir de uma “feitiçaria” para saber como essa pessoa poderia ser feliz se a volta do “amado/a” foi por obra de algo estranho… O que nos une, nos deve unir, tem que ser o amor bilateral. Tudo o mais é danação, quando não grave e escondido interesse escuso. Somos livres para amar, amar pessoas, trabalhos, filosofias de todo tipo, tudo dentro dos trilhos da decência e da ética, o mais é autoestima rasteira, que não qualifica a pessoa. O amor foi embora? Que vá, que vá… Nem vou dizer para onde, não é mesmo, capeta?

PERDAS

A palavra perder pode envolver graves equívocos. Costumamos associar perdas com momentos de dor, prejuízo, saudade… Nem sempre, muitas das nossas perdas na vida foram, na verdade, ganhos. E só mais tarde vamos ver isso, num primeiro momento podemos sofrer, sofrer pelo equívoco que cometíamos com o que foi perdido. Nem todas as perdas são perdas, em casamentos, o cara foi embora? Pode parecer uma perda no agora e um formidável ganho mais tarde, quando a poeira baixa… Abramos o olho!

HIPÓCRITAS

Dia destes, “beatos” criticaram os Estados Unidos pela execução de um assassino. Muitos ergueram a voz contra a execução, segundo eles um absurdo matar um ser humano de modo tão sofrido, com gases, etc, etc… Será que os hipócritas que criticam essas execuções as criticariam se a pessoa assassinada fosse a mãe deles, o pai ou uma filha? Safados da falsa bondade. É por isso que o Brasil está como está…

FALTA DIZER

Acabo de ler que Daniel Alves, condenado a 4,6 anos de cadeia em Barcelona por estupro pode voltar ao Brasil antes do fim da pena. Se ele voltar num ano eleitoral, bah, o cara se elege o que quiser no Brasil. O que quiser. Será um ídolo de votos. Brasil do atoleiro!

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.