A violência que nos assombra

Por: Editorial

29/05/2024 - 06:05

 

Jaraguá do Sul, conhecida por sua hospitalidade e pelo espírito acolhedor de seus habitantes, foi palco de mais um ato de violência contra a mulher. Segundo registros da ocorrência, uma mulher grávida foi covardemente agredida por um elemento que, além de praticar essa barbárie, teve a audácia de ameaçar a polícia, alegando pertencer a uma facção criminosa. As características deste episódio escancaram uma realidade preocupante: a presença e a influência crescente do crime organizado já não se concentram em grandes capitais.

É preciso considerar que as facções começam a espalhar suas raízes em municípios menores, levando consigo um rastro de medo e insegurança. A agressão a uma mulher grávida é um ato de extrema covardia que clama por justiça imediata. A pergunta que não quer, e nem pode calar é: o que deve ser feito para frear essa onda de violência?

A resposta passa por uma combinação de medidas preventivas e punitivas: i) é imprescindível o fortalecimento das forças de segurança. A polícia precisa de efetivos e recursos adequados para atuar de maneira eficiente, incluindo treinamento especializado para lidar com situações de alta periculosidade e a incorporação de tecnologias modernas de vigilância e inteligência; ii) a justiça deve ser célere e implacável. Casos de violência extrema, como este, devem ser tratados com a prioridade e rigor que merecem. A legislação precisa ser revista para garantir que criminosos perigosos não sejam rapidamente liberados para voltar a ameaçar a sociedade; iii) é vital investir em políticas públicas que abordem as raízes sociais do crime. Educação, oportunidades de emprego e programas de reintegração social são ferramentas poderosas para prevenir que jovens sejam cooptados pelo crime organizado. Precisamos oferecer alternativas que desviem nossos cidadãos do caminho da criminalidade; iv) por fim, a comunidade também tem um papel crucial.

A denúncia anônima deve ser incentivada e facilitada, garantindo a segurança de quem decide colaborar com as autoridades. A sociedade precisa estar unida e vigilante, mostrando que o crime não será tolerado e que a segurança de todos é uma responsabilidade compartilhada. A covardia não pode encontrar abrigo em nossa cidade. Que a justiça seja feita.

 

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