Sim, desde o nascimento somos “jogados” numa vitrina: a vitrina da vida. Seremos observados, analisados, desejados ou repudiados, mas… Tudo vai depender dos olhos de quem nos vê. E dizendo isso, lembro-me de uma passagem espírita que diz que – “Cada um de nós observa a paisagem de acordo com o degrau em que se encontra na escada evolutiva”. Você sabe que o espiritismo admite a reencarnação. Penso que o alicerce dessa fé vem do terror que a morte produz. Acreditando que não existe morte, mas um trânsito para uma nova vida, a pressão alivia, o diacho é crer, crer verdadeiramente. Sabemos que as pessoas ditas crentes o são apenas da boca para fora. Se acreditássemos que as reencarnações de fato existissem e só acabariam quando chegássemos à luz, duvido que alguém desse passos intencionalmente errados. O que me traz a este discurso é dizer que como todos estamos permanentemente numa vitrina, tanto observamos os outros quanto somos observados, é preciso que fique claro que as observações dependem do degrau da escada evolutiva em que nos encontramos. Ninguém sabe exatamente onde acaba essa “escada evolutiva” até que cheguemos à luz sem precisar mais reencarnar. Então, é bom lembrar que o nosso modo de ver e pensar depende da nossa grandeza interior. Uma grandeza para ver as coisas e entendê-las, caso contrário saímos jogando pedras sem muitas vezes não tendo a menor idéia do motivo de agirmos assim. Ah, e bom não esquecer que diploma na parede, riqueza na conta bancária, nome de família, prestígios sociais, nada disso nos faz bons observadores da vida. Podemos ter tudo isso e ao cair ficarmos “pastando”. Glórias terrenas, esses artifícios criados pela sociedade não nos melhoram as percepções nem nos tornam pessoas evoluídas. O que nos eleva e nos faz diferentes, mais perto de chegarmos à luz, sem precisar de mais reencarnações, é o caráter. Nossa evolução moral nos encurta os degraus da escada evolutiva, nos aproxima mais rapidamente do não precisar mais “voltar à Terra”… Dogma de fé? Pode ser, mas é também sacrossanta verdade para os bons samaritanos da vida. Como somos julgados ou apreciados na vitrina da vida? Somos aprovados pelos que já subiram vários degraus e nos podem ver melhor ou sermos aconselhados a mudar o rumo. Liberdade nossa na vitrina das exposições sociais.
CHATICE
A repetição de fatos é uma chatice. Assisti, há pouco, um programa na RecordNews em que a entrevistada era uma delegada. Ela contou casos e casos de mulheres “repetidamente” surradas e ameaçadas… Ah, é? Então, eu pergunto: como é que alguém repetidamente surrada e ameaçada continua com um vagabundo desses? Já disse, e repito, no primeiro pigarro mais forte do ordinário é fazer a mala e cair fora. Ele não presta e “nunca” vai prestar. Nunca, eu disse.
MEMÓRIA
Faz alguns anos, assisti a uma entrevista num programa da BandTV onde o entrevistado era um presidiário psicopata. Bem conhecido… Tinha matado várias e várias “mulheres”, nas ruas em São Paulo. Ele não sabia quando ia sair da prisão. Perguntado sobre o que pretendia fazer no dia em que fosse solto, o bandido respondeu naturalmente: – “Vou voltar a fazer o que sempre fiz, matar”! Toda razão, caráter não se muda.
FALTA DIZER
Frase da atriz Deborah Secco: – “A cultura estética nos impõe uma perfeição inalcançável”. Isso para as mulheres, querida! Os homens podem ser uns buchos, estão sempre no páreo e, pior de tudo, uma fila de mulheres atrás deles. A “revolução” tem que vir das mulheres…