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A triste inveja – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

03/02/2025 - 08:02 - Atualizada em: 03/02/2025 - 09:36

Não faz muito tempo um idiota, aqui entre nós, disse que fez quatro filhos, mas que um bateu na trave e nasceu mulher. Vale dizer, o estúpido deixou claro que filha mulher é bola na trave ou pênalti chutado para fora. Brincadeira? Brincando nos revelamos. Aliás, é só prestar atenção às piadas contadas pelos amigos para os possamos conhecer fundamente. Quem desprezar essa verdade vai cair muitos tombos na vida. Vamos lá. Acabo de ver fotos e frases felizes de um casal que não podendo ter filhos adotou uma criança. Criança é palavra vaga, imprecisa. O casal adotou um menino. Nunca saberei da resposta, mas fica a pergunta: por que um menino e não uma menina, e quem fez a escolha? Ora, nem preciso ir à delegacia da vida para saber, o maridão escolheu um menino, afinal, não é de hoje que sei de pesquisas feitas de há muito nos Estados Unidos sobre essa questão: primeiro filho é sempre desejado como homem, isso fica em torno de 99.99%, e, pior de tudo, as mulheres entram nessa, na verdade subjugando-se ou revivendo o que Freud chamava, bandidamente, de “inveja do pênis”, a frustração das mulheres por nascerem sem pênis. Se alguém duvidar do que digo que procure pelas historietas falaciosas do Freud. E uma segunda questão que me traz a este assunto, leitora, é uma frase, para mim muito discutível – da escritora francesa Simone de Beauvoir (1908/1986) que dizia que “as mulheres não nascem mulheres, elas se tornam mulheres”. A questão que me deixa dúvidas é – o que significa tornar-se mulher? Eu prefiro dizer que as meninas nascem, mas a vida social as transforma em mulheres, mulheres no sentido de subalternas aos homens, afinal, segundo a invenção Eva só foi “criada” porque Adão andava aborrecido pela solidão no paraíso. Só não dou uma gargalhada porque não haveria som. Fique claro, as mulheres nascem para “Ser”, mas os homens que lhes estão por perto ao nascer as tolhem. Entre dois filhos, um guri e uma guria, o paizão dá muito mais força e rédeas ao guri. Exceção? Ah, me apresente, por favor. Ou as mulheres entendem essas histórias e gritam o seu “Ipiranga” ou vão continuar sendo permitidas na vida apenas onde os homens precisam delas. Mulher não nasce “mulher”, fazem dela mulher. Pensar, mulheres, pensar!

PSICOLOGIA

Num sentido maior, penso que a idéia é incontestável, porém… Já li muitas vezes que não devemos esperar para que alguém nos faça felizes, essa felicidade tem que ser feita por nós, com nós mesmos. Pensando, pensando, é verdade, mas isso não tem nada a ver com não termos amigos, pessoas cálidas perto de nós ao longo da vida e, especialmente, na velhice. Velhice com solidão é a pior das danações, é morte mais cedo. Semear e colher amigos…

TEMPOS

Ano 1999… O tempo parece passar, mas hábitos humanos continuam iguais. Dos meus arquivos, peguei uma reportagem sobre um ricaço do Rio de Janeiro, ele com 67 anos e ela, uma miss, com 36. Na entrevista, descaradamente a “miss” diz que – “Da mesma forma que ele tinha dinheiro, eu tinha beleza e juventude. Foi uma troca. Do que adianta um homem ter dinheiro se não tem prazer”? Despudor é isso.

FALTA DIZER

Ano letivo acelerando a marcha, espero que os papais e mamães aqui da cidade já tenham conversado “longamente” com os filhinhos, crianças e adolescentões, sobre o celular no colégio. Espero. De outro modo, discussões e brigas no colégio vão acontecer. Aviso dado, porém… Tempo perdido para 99.999%. Aposto…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.