As cirurgias complexas cada vez mais estão sendo realizadas com mínimas incisões e menores complicações. As raízes desta evolução estão no aperfeiçoamento médico e no investimento que possibilita o aparelhamento dos hospitais.
Graças às técnicas minimamente invasivas, como a cirurgia robótica, a video cirurgia convencional e as endoscopias intervencionistas, um número maior de pacientes de alto risco está sendo tratado.
Quando se fala em risco, deve-se analisar a idade, as doenças associadas, que também são chamadas de comorbidades, e as lesões a serem tratadas.
Há algum tempo, o tratamento radical do câncer pulmonar era realizado por cirurgias que necessitavam de grandes aberturas e, com isso longos, períodos de pós-operatórios e, por consequência, maiores riscos.
Alguns pacientes operados recentemente demonstram o potencial destas técnicas minimamente invasivas. Desses três pacientes que serão relatados, dois tinham uma média etária de 78 anos e a última tinha 86 anos, todos com câncer pulmonar e necessitavam de uma cirurgia radical. A diferença entre eles é que a mais idosa foi operada pela técnica robótica.
Idades parecidas, resultados animadores
No primeiro paciente, a cirurgia realizada foi uma vídeo lobectomia pulmonar que consiste na ressecção de metade do pulmão esquerdo e todos os gânglios, caracterizando uma cirurgia radical para o câncer. Foram usados uma incisão de 3 cm e mais uma de 1 cm e, com isso, conseguiu-se dar alta hospitalar no terceiro dia e uma vida normal após uns 15 dias de pós-operatório.
No segundo paciente, foi realizada uma mistura de técnicas que possibilitou usar a cirurgia radical como desfecho. Inicialmente, a paciente deu entrada no pronto socorro com insuficiência respiratória grave, pois o tumor estava obstruindo o tubo chamado de brônquio que deveria levar o ar para o pulmão esquerdo dela.
A técnica indicada foi a desobstrução por vídeo broncoscopia intervencionista, que cortou e coagulou o tumor com o laser gás de argônio. Com isso, a paciente voltou a respirar e pode ser preparada para a cirurgia radical.
Nesse caso, houve a necessidade de retirar todo o pulmão esquerdo, que para muitos familiares e médicos não seria viável para uma avó de 78 anos.
A vídeo cirurgia e uma incisão auxiliar de 5 cm foram as técnicas escolhidas. A paciente teve alta no sexto dia após o procedimento, com uma capacidade pulmonar muito próxima do normal. A terceira, com 86 anos, precisava de uma retirada parcial do pulmão e a cirurgia escolhida foi uma segmentectomia anatômica feita por robótica, com alta no 3º dia. Hoje, ela está com os seus 88 anos, sem sinais de recidiva do tumor.
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Profissional controla os braços do robô
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O robô em operação
Interface Da Vinci
Esta interface robótica chamada Da Vinci é sem dúvidas a mais eficiente delas, pois apresenta uma movimentação fina, perfeita, sem tremores, uma mobilidade do pulso e da mão das pinças maior que a do ser humano, um olhar 3D superior a todas as câmeras da vídeo cirurgia convencional
As possibilidades adquiridas dentro da minha especialidade, a cirurgia pulmonar, com certeza se devem a comunidade empresarial e aos hospitais São José e o Jaraguá que apostam na compra de equipamentos sofisticados, particularmente na endoscopia respiratória e na cirurgia torácica, onde os equipamentos disponíveis são os mesmos usados no mundo afora.
As cirurgias robóticas eu faço nos três hospitais de que faço parte e, assim, consigo atender a preferência e a necessidade de cada cliente, assim como posso atender os pacientes destas outras cidades.
Os três hospitais que atuo são o Hospital Albert Einsten em São Paulo, o Hospital Marcelino Champagnat e o Pilar em Curitiba e o Hospital Santa Isabel em Blumenau.
Novas fronteiras estão sendo abertas aqui nos nossos Hospitais, a partir de novos projetos que estão tramitando, e com certeza, deverão revolucionar o atendimento médico estadual e despontar mais no cenário sul brasileiro como uma grande referência na saúde.
Por Dr.Giovani Mezzalira , formado em medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde também se especializou em cirurgia geral. É cirurgião torácico, especializado pelo Hospital Evangélico de Curitiba, mestre em cirurgia torácica pela PUC/PR, possui certificação em cirurgia robótica pelo Instituto Falk (PR) e pós-graduação em cirurgia robótica pelo Hospital Israelita Albert Einstein (SP).
Onde atende:
Clínica Toracopulmonar (Dr. Giovani Mezzalira – CRM-SC 8611)
Endereço: Rua João Planincheck, 1990, sala 513, Jaraguá Esquerdo, Jaraguá do Sul – Edíficio Blue Chip Centro Executivo
Instagram (clínica): @clin.toraco
Instagram (profissional): @giovani_waltrickmezzalira