A região de Jaraguá do Sul, com seus municípios vizinhos têm um novo aliado no combate às pragas que ameaçam as plantações de banana: os drones. Essas aeronaves não tripuladas, equipadas com câmeras de alta resolução e sistemas de pulverização inteligente, estão transformando a agricultura local, garantindo maior produtividade e qualidade aos frutos. Como resultado, temos a consolidação da região como líder nacional na exportação de bananas, com padrões que atendem aos exigentes mercados internacionais.
A banana é uma das culturas mais sensíveis a pragas como a sigatoka-negra e o mal-do-Panamá, entre outras, que podem dizimar plantações inteiras se não forem controladas a tempo. Tradicionalmente, o monitoramento era feito manualmente, com agricultores percorrendo longas fileiras de bananeiras para identificar focos de infestação. Um processo lento, custoso e nem sempre preciso. Com os drones, no entanto, essa realidade mudou. Equipados com sensores multiespectrais, eles sobrevoam as plantações e captam imagens detalhadas, identificando áreas afetadas antes mesmo que os sintomas sejam visíveis a olho nu.
Além do diagnóstico precoce, os drones também atuam na aplicação de defensivos agrícolas. Com sistemas de pulverização controlada, eles liberam quantidades precisas de agroquímicos apenas onde são necessários, reduzindo o desperdício e minimizando o impacto ambiental. Essa precisão, entre outros benefícios, garante frutos mais saudáveis, essencial para atender às normas de exportação.
O sucesso dessa tecnologia já reflete nos números. Segundo dados da Associação dos Bananicultores do Vale do Itapocu, as exportações da região cresceram 18% no último ano, com destaque para mercados como a União Europeia e o Oriente Médio. A competitividade conquistada coloca a banana catarinense em posição de destaque, competindo com gigantes como Equador e Filipinas.
Enfim, o futuro da agricultura passa, inevitavelmente, pela integração de ferramentas digitais. Quem primeiro se adaptar, colherá os melhores frutos.