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A sociedade moderna e o uso das telas: quem está no controle?

Foto: divulgação

Por: Andreia Chiavini

24/01/2025 - 11:01 - Atualizada em: 24/01/2025 - 16:31

A arma mais poderosa inventada pelo ser humano foi a bomba atômica em 1945. Nós não enfrentamos mais esta situação, porém, a era tecnológica criou uma arma mais poderosa e moderna. O celular. Isto mesmo. Ele não tem o poder de devastação da bomba atômica, mas tem um domínio enorme sobre a população.

Você já analisou o quanto se tornou dependente deste aparelho e o quanto ele te deixou alienado? Ele não mata as pessoas, mas as deixa doente.

O uso excessivo do celular matou a televisão, aquele momento que famílias inteiras se sentavam no sofá e assistiam o programa favorito comendo pipoca. Matou, a câmara fotográfica e a expectativa da espera pelas melhores fotos. Matou o relógio, a espera e a paciência pelos acontecimentos. Matou o jornal sobre a mesa no café da manhã, a lanterna, o espelho, o calendário sobre a mesa.

Matou o encontro presencial dos amigos para jogar videogame. Matou a carteira e o cartão do banco. Matou a interação entre as pessoas, o olho no olho, os encontros arranjados pelos amigos. Matou as conversas francas, a realidade da vida. Matou o romantismo, a gentileza e a empatia, dando espaço para o excesso de opiniões.

Aos poucos está matando os seus olhos e o seu sono reparador. Ele também está matando a sua postura e a sua coluna. A dor na cervical surgiu e aumentou a tensão muscular. Além da dor física, também enfraqueceu a mente e aumentou a ansiedade.

Quase uma extensão do próprio corpo, os aparelhos viraram companheiros inseparáveis, a sua vida está todinha ali e executam muito mais que a simples função de se comunicar.

Apesar da tecnologia facilitar a vida ou trazer uma “aproximação” entre as pessoas, nos afasta do convívio social e provoca problemas físicos e psicológicos.

Chegam diariamente na minha clinica pessoas referindo desconfortos e problemas de saúde que está diretamente ligado ao uso excessivo do celular. Não precisamos ser radicais, mas a indicação é que a utilização dos aparelhos seja equilibrada. Fazer uso de forma mais consciente colabora muito. Se não houver como fugir deles, o ideal é, de tempos em tempos, mudar a postura.

Tão importante quanto considerar os problemas físicos advindos do uso excessivo de aparelhos eletrônicos é mudar os hábitos, entender o seu lugar no mundo e estar presente na vida de quem amamos. Longas horas nesses equipamentos, além da fadiga, estresse e dor, a pessoa perde oportunidades de socializar em um ambiente físico, priorizando outros tipos de lazer.

Infelizmente, os computadores e celulares passaram a ser a principal via de convivência e diversão. Não é uma arma letal, mas vai aprisionando, viciando e matando as pessoas em vida. O uso excessivo de celular é tão prejudicial para a saúde das pessoas, que já existe clínicas de desintoxicação do celular. Acredita? Pode acreditar!

 

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Andreia Chiavini

Fisioterapeuta especialista em Fisiologista do Exercício e Certificada em Pilates, TRX e RPG. Crefito: 77269-F.