A Prefeitura de Jaraguá, se viu obrigada a lembrar a ciclistas desinformados que o calçadão e a Praça Ângelo Piazera não são extensões de seus terreiros. Sim, caros leitores, foi necessário instalar placas orientativas. Agora esses espaços estão decorados com aqueles retângulos ou círculos metálicos com letrinhas que alguns insistem em ignorar ou não sabem decifrar, para informar que usuários de bicicletas e bicimotos não devem circular embarcados onde pedestres tentam caminhar sem o risco de serem atropelados por um ‘speed demon’ de duas rodas e dois (?)…
É impressionante como um modal tão ecologicamente correto pode carregar consigo uma porção de usuários tão desrespeitosos. Sinal vermelho? “Ah, é só uma sugestão, e também é só pra carros.” Calçadão lotado? “Vou costurando no meio dos transeuntes, afinal, é mais divertido e minha bike é silenciosa.” Faixa de pedestres? “Melhor ainda, dá para cortar caminho enquanto idosos e crianças pulam para não virar obstáculos”. E não adianta argumentar.
Se você, mero mortal a pé, ousar chamar a atenção desses transgressores, prepare-se para uma agressão maior. Eles parecem acreditar que, por não emitirem poluição, também estão livres de emitir educação. Claro que não se configura a maioria. E claro que isso não se resume à praça e calçadão, mas a todo perímetro urbano.
Há muitos ciclistas responsáveis, que respeitam normas, usam equipamentos de segurança e não transformam calçadas em pistas de slalom com a ciclofaixa ao lado. Enquanto isso, os desavisados agem como se as regras de trânsito fossem meras recomendações, aplicáveis apenas a carros e motos. A instalação das placas é um passo necessário, mas não bastará. Talvez fosse o caso de incluir, além das proibições, um curso intensivo de civilidade básica como pena aos infratores. Outra sugestão é auxiliar na fiscalização, filmando e denunciando os transgressores.