Estamos há pouco menos de três semanas das eleições de 6 de outubro. E essa semana que se inicia, em particular, tem uma importância estratégica, considerando o pleito em Santa Catarina.
Afinal, é justamente entre 19 e 21 que estará por aqui o maior eleitor catarinense. Jair Bolsonaro. Alguém pode perguntar se o ex-presidente é mais eleitor do que o governador, do que os senadores, do que os deputados?
Ele soma mais, sob o aspecto eleitoral, do que todos somados. Indiscutivelmente. Isso ficou patenteado em 2022, quando a sua força foi ainda mais vigorosa do que em 2018, quando os catarinenses foram surpreendidos pela primeira onda bolsonarista. Aliás, onda essa que o elegeu presidente da República. Diferentemente de 2020, no exercício da presidência, quando ele não se envolveu nas eleições municipais, agora ele está mergulhando no pleito municipal país afora.
Por esse motivo, ele deve, sim, influenciar decisivamente nos grandes municípios e talvez até nas cidades de médio porte. Coincidentemente com o seu desembarque no Estado, começa a licença de 12 dias de Jorginho Mello.
Data
O governador esticou essa sua disponibilidade política e partidária até o dia 30, dedicando-se exclusivamente à corrida eleitoral. Aí entra outro componente. Claro que Bolsonaro é o maior eleitor do PL, mas, sem dúvida nenhuma, Jorginho é o segundo.
Liderança
O chefe do Executivo estadual também vai desempenhar um papel fundamental. Afinal de contas, além de pilotar o Estado, ele é presidente do PL em Santa Catarina. Há dois anos, conquistou uma grande votação, impulsionado também por Bolsonaro, com quem mantém uma estreita relação.
Olho no olho
Onde Bolsonaro não marcar presença fisicamente, pedindo por candidaturas liberais, a figura de Jorginho Mello será igualmente muito importante. Até porque já há uma associação entre a imagem do ex-presidente e a do atual governador catarinense.
Ungido
Bolsonaro já sinalizou, de forma transparente, que seu candidato, lá em 2026, é Jorginho Mello. Então, na medida em que existe essa identificação, consequentemente, por onde Jorginho passa, ele transparece essa relação de fina sintonia junto ao ex-presidente.
Soma
Portanto, o governador será também um cabo eleitoral do benefício para as candidaturas do PL. É um contexto que faz o PL sonhar inclusive em suplantar o MDB, que deve eleger prefeitos num número significativo de pequenas cidades, especialmente no Alto Vale do Itajaí e no Oeste, no Grande Oeste.
Cabeça a cabeça
Mas, se não superar o Manda Brasa, PL estará muito próximo do MDB em número de prefeituras. A partir daí, Jorginho já abre caminho para o seu projeto de reeleição.