Santa Catarina deu um passo essencial na saúde materno-infantil ao receber mais de 25 mil doses da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), destinadas exclusivamente às gestantes. A iniciativa, alinhada às diretrizes do Ministério da Saúde, reforça o compromisso do Estado com políticas preventivas capazes de reduzir complicações respiratórias em bebês nos primeiros meses de vida — fase em que a vulnerabilidade é maior e o cuidado precisa ser redobrado.
O VSR é um dos principais responsáveis por internações infantis por bronquiolite e pneumonia, especialmente durante os períodos de maior circulação viral. Ao imunizar gestantes a partir da 28ª semana, o sistema de saúde garante que anticorpos sejam transmitidos ainda no útero, conferindo aos recém-nascidos proteção imediata, justamente quando eles ainda não podem receber a vacina diretamente.
A distribuição das doses aos municípios, coordenada pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica, representa mais do que logística: simboliza uma ação pública estratégica, guiada pela ciência e pelo compromisso de salvar vidas. Outro ponto central é a equidade. Na rede privada, a imunização tem custo elevado, o que torna a oferta gratuita pelo SUS uma medida que assegura que a proteção não dependa das condições financeiras das famílias.
Agora, o desafio está na adesão. É fundamental que as gestantes procurem suas unidades de saúde para verificar disponibilidade e se imunizar. Informação clara, orientação profissional e acesso facilitado serão determinantes para que essa estratégia alcance sua finalidade.