A pior das verdades é que nos passa diante dos olhos e não vemos. Não vemos por várias razões. A primeira das razões é o condicionamento social. Vivemos com uma corda no pescoço, a corda dos condicionamentos sociais, mas é bom não confundir essa “corda” com as leis. Sem as leis a sociedade entraria em fogo ardente em poucos minutos. No passado, alguns dos nossos problemas “naturais” precisavam ser escondidos, bem escondidos, tanto por nós quanto por nossa família. Acabei de terminar a leitura de um livro bem interessante: – “Terapia de bolso”, um livro tanto para psicólogos quanto para qualquer pessoa que se quiser avaliar psicologicamente. A autora do livro é a australiana, Tammi Miller. E ela diz, na página 57 do livro, que – “Apenas quando celebridades, influenciadores e pessoas à nossa volta começaram a falar de saúde mental nas mídias tradicionais e sociais é que essa vergonha começou a diminuir. Agora, com a mídia dando mais atenção à saúde mental, estamos bem próximos de ver a vergonha associada a fazer terapia relegada aos livros de história”. Verdade sacrossanta. No passado, as famílias internavam em hospitais psiquiátricos os seus familiares “loucos”, quando raramente eram “loucos”. Hoje essa “loucura” é coletiva e aceitável, aliás, quem disser que não tem uma apoquentação mental é visto ou vista como um ator disfarçado. As pessoas, sempre foram “loucas”, só que essa “loucura” era escondida, se não o fosse a pessoa seria levada para a fogueira, como os estúpidos prepotentes “religiosos” faziam na Inquisição. Engano nosso pensar que nossos avós, nossos bisavós eram pessoas calmas e sem inquietações emocionais. Pelo contrário, eram, como hoje, completamente fora da casinha, mas… “Disfarçavam”. Impossível ser 100% equilibrado. Muitíssimas das pessoas que conhecemos “mordem” o travesseiro à noite, antes de dormir. Outros fazem teatro no banheiro, portas fechadas, mas… Lá fora são exemplos de conduta. Vem dessas verdades da vida a necessidade que temos de ter alguns “brinquedos” no nosso cotidiano, coisas que nos distraiam, aliás, essa é a primeira razão da felicidade das crianças. Elas vivem num mundo criado por elas, mas… Vão ter que sair desse mundo da fantasia infantil para entrar na jaula humana dos “leões ferinos”, nós os adultos metidos a civilizados. Graças ao Senhor, estamos livres para falar de nossas “doenças mentais”…
CABEÇAS
O que fazemos nos revela. Passei por uma praça ontem à tarde e na praça havia vários instrumentos de ginástica. Três rapazes se esforçavam ao máximo para subir e descer com “braços fortes” as barras de metal lá em cima… Saí pensado. Por que fazem aquilo? Para ficar fortes? Sonsos. Força física, bíceps parrudos, é coisa para circo… Que vão se “esforçar” para ler mais e melhor, aí sim, ficarão fortes para o resto da vida. Trouxas.
TÉTRICO
Amigos me convidaram esta semana para um giro “turístico” por Florianópolis. Aceitei. Lá pelas tantas, paramos diante de uma igreja, no Ribeirão da Ilha, com a data de fundação estampada: 1806. Credo! Ao lado da igreja, um cemitério, do outro lado a sala de velórios. Tudo junto. Um horror histórico e bem coisa de cabeças atrasadas. Cemitérios têm que acabar, cremação deve ser obrigação social, lei. Ué, gente!
FALTA DIZER
A manchete é aterradora: – “A história das crianças que aprenderam a se jogar no chão ao ouvir tiros em Santos, SP”. Chegamos a esse ponto, mas, pudera! Nenhum investimento em escolas, em ensino, políticos só cuidando de si e de seus “próximos”, e leis condicionais, dependem do acusado… Brasil? Jogar-se no chão.