Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

A melhor professora – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

22/07/2024 - 07:07

Hoje amanheci mastigando urtigas, mais uma vez. Bufei, pensei, pensei e não tive como não admitir que vivemos, desde o nascimento e até o ponto final, numa sala de aula. Sala de aula, sabemos, é para aprender. Sim, e quem é a professora? Ora, a professora é a vida. Ela nos passa lições todos os dias. Boas e más lições, a vida nos passa. E aprendemos? Não posso responder por você, leitora, leitor. E talvez nem possa responder por mim mesmo. Lembro-me de muitos tropeços que tive na vida, tropeços resultantes de ações minhas. Tropeços inevitáveis. Será mesmo que eram inevitáveis? Sim, muitos deles não podemos evitar. Mas e depois desses tombos, aprendemos a evitá-los no futuro? Aí é que está o furo da bala. Muitos recalcitram, fazem e refazem os mesmos erros. Já falei aqui de um famosíssimo da televisão, falecido, que casou nove vezes. Espere um pouco, se a vida é a nossa professora-regente, que diacho é esse de alguém não aprender a lição e repeti-la tantas vezes? Como que alguém pode ser inocente ao passar por vários casamentos? Será que o erro era sempre delas? Repito, a vida é nossa professora o tempo todo; se não aprendermos as lições com os avisos que ela nos passa, com a presumida educação que nos deram na infância, ficar resmungando fracassos repetidos, erros que vão e vêm é culpa nossa. Falando nisso, há pouco terminei minha caminhada diária. Ouvi, como sempre, uma palestra em inglês. Desta feita, a palestrante – Louise Hay – falava tão enfaticamente sobre nossas “várias” vidas por meio de encarnações e reencarnações que quase tropecei no caminho. Acreditar num tal tipo de crença é um tipo de ilusão que me irrita. Sem provas dos “metafísicos”, temos que aprender as lições que a vida do agora nos dá. Casar e recasar, casar e recasar é coisa de gentinha leviana e “culpada”, vale para tudo o mais na vida. Ou aprendemos testemunhando as lições dos outros ou aprendemos com os nossos tombos. Aprendemos? Bem pouco, falo por mim. Culpar-se é doloroso, melhor é ver e aprender, ou cair e cuidar-se dali para frente. Não temos mais nada senão o aqui e agora, o ontem já foi e o amanhã é meramente uma ideação. Acho que isso aprendi. Será?

MANCHETES

Três manchetes, a cara deste país: – “Mulher reclama de som alto e é morta a facadas por vizinho”. Foi em Minas Gerais. – “Tentativa de assalto, jovem de 17 anos é morto com tiro nacabeça. Foi em São Paulo. – “Idoso torturado e morto de maneira cruel”. Outra vez, São Paulo. E o que vai acontecer com os bandidos? Nada, neste bueiro chamado Brasil, nada. Mas na salinha dos fundos da “minha” delegacia os bandidos teriam o que chorar pelo resto da vida, ô, se teriam…

VIDA

Frase prosaica, mas… Quem a pode contestar? A frase diz que – “A vida dá voltas”. Voltas significam que as coisas mudam, mudam para os nossos olhos à medida que o tempo vai andando. Vem daí a necessidade de entenderemos que tudo na vida vem e vai. Desapego é o primeiro remédio para evitar graves sofrimentos, e criar sempre novas razões por que lutar e respirar na vida são indispensáveis. Fora disso, apegos, saudades e “velhice”…

FALTA DIZER

Dinheiro no banco, carro do ano, viagens de fazer propaganda pessoal, casarão de moradia, tudo, de tudo um pouco, de nada serve para amenizar os vazios na vida. Vazios que têm a nossa assinatura, o mais é transferência de responsabilidade…

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.