A má gestão manda a conta

FOTO: divulgação

Por: Antídio Aleixo Lunelli

08/12/2023 - 11:12 - Atualizada em: 08/12/2023 - 16:06

Antídio Aleixo Lunelli,
deputado estadual

Como muitos de vocês, aprendi desde pequeno o valor do trabalho e do dinheiro. Aprendi desde pequeno a dificuldade que é viver da agricultura. Depois, vivi na pele a dificuldade que é viver de um salário básico e, logo em seguida, a dificuldade que é empreender no Brasil.

Por isso, quando critico a falta de gestão do poder público, quando defendo uma mudança de cultura na forma de fazer política, é porque sei onde o calo aperta.

Quando se cria mais um imposto, ou mais cargos apenas para poder indicar apadrinhados, quando se cria dificuldades para aquilo que poderia ser resolvido de maneira simples, eu penso logo no trabalhador que está no chão da fábrica. Penso no motorista que está na estrada, na pessoa que está limpando o jardim, em quem está no comércio, no balconista, na vendedora, no garçom, no profissional liberal.
Penso também nas pessoas que investiram todo esforço e recursos que tinham para abrir seu negócio e gerar oportunidades, para si e para os outros.
Porque a conta da incompetência, a conta da falta de equilíbrio fiscal, da corrupção, e do inchaço da máquina pública, cedo ou tarde, vai chegar e somos nós que teremos que pagar.

Vejam só essa notícia que traz um exemplo prático do que me preocupa: “as estatais administradas pelo governo federal vão fechar este ano com prejuízo de R$ 4,5 bilhões”.
Esse rombo nas estatais – que será pago por nós- revela falta de gestão, uma tremenda irresponsabilidade e populismo.

O rol de empresas com projeção de déficit tem nomes como Correios, NAV Brasil, Hemobras e Indústrias Nucleares do Brasil (INB). O governo não inclui no relatório dados de empresas do setor financeiro e nem da Petrobras.

Exemplo claro é os Correios, que devem fechar o ano com déficit de R$ 274 milhões. E eu pergunto, por que fazer o trabalhador, ano após ano, pagar o prejuízo pela incompetência e pela má administração? Por que não privatizar?
Acredito que nós temos o compromisso de trabalhar pensando no futuro. E esse tipo de gestão só vai deixar de herança conta para o povo pagar. Dinheiro público não dá em árvore. Precisamos valorizar cada centavo.
E essa não é uma discussão sobre ideologia. É uma discussão sobre que tipo de país, que tipo de Estado queremos. Queremos que nossos filhos e netos continuem pagando impostos de primeiro mundo tendo como contrapartida serviços públicos de terceiro mundo?
Ou queremos diminuir a carga exorbitante e garantir que o dinheiro público seja aplicado em educação de qualidade, saúde, segurança, infraestrutura, cultura, esporte e lazer? Que tipo de país você quer?

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Antídio Aleixo Lunelli

Antídio Aleixo Lunelli é deputado estadual pelo MDB. Fundador do grupo Lunelli, foi prefeito de Jaraguá do Sul.