A irresponsabilidade no trânsito é um problema grave e persistente em nossa sociedade, e dirigir embriagado é uma das atitudes mais condenáveis, e mais frequentes, nesse contexto. Ainda persiste a leviana justificativa: “eu até dirijo sob efeito de álcool, mas sei o que estou fazendo”. Sim, sabe que está cometendo um crime.
O recente episódio envolvendo um idoso de Schroeder, que danificou uma viatura da Polícia Militar ao fugir de uma abordagem, é um triste exemplo das consequências desse comportamento negligente. Esse ato desmiolado não apenas coloca em risco a vida do próprio motorista, mas também de todos ao seu redor, incluindo pedestres, outros motoristas e os próprios policiais. Dirigir sob o efeito de álcool é uma das principais causas de acidentes fatais no trânsito.
As estatísticas são alarmantes e mostram que a combinação de álcool e direção potencializa drasticamente o risco de colisões graves. O reflexo comprometido, a redução da capacidade de tomar decisões rápidas e a desinibição exacerbada são apenas alguns dos efeitos que transformam o motorista em uma arma letal. A sociedade precisa compreender a gravidade dessa insana conduta.
É inaceitável que, em pleno século XXI, ainda existam indivíduos que desconsiderem todas as campanhas de conscientização, leis e consequências penais associadas à direção sob efeito de álcool. A falta de responsabilidade não pode ser justificada por idade, experiência ou qualquer outra circunstância. Além disso, os danos causados ao patrimônio público, como a viatura danificada neste caso específico, representam um custo adicional para o contribuinte e desviam recursos que poderiam ser utilizados em outras áreas de necessidade pública, como, a propósito, educação.
O execrável ato do idoso de Schroeder, que deveria dar exemplo, é um reflexo da falta de respeito pelas autoridades e pelo bem-estar coletivo. É urgente que a fiscalização seja intensificada e que as penalidades sejam rigorosamente aplicadas. As campanhas educativas devem ser contínuas e abrangentes, atingindo todos os segmentos da população. Só assim poderemos começar a reverter essa cultura de irresponsabilidade que ainda permeia nossas ruas e estradas. A punição para quem dirige embriagado deve ser exemplar, para que sirva de lição. O respeito às leis deve ser inegociável.