Antídio Aleixo Lunelli, deputado estadual
A segurança jurídica e um ambiente de negócios estável são fundamentais para o crescimento econômico e a geração de empregos. No entanto, o Brasil enfrenta desafios significativos nessas áreas, o que impacta negativamente sua competitividade global.
Em janeiro de 2025, o déficit em transações correntes do Brasil dobrou em relação ao ano anterior, atingindo US$ 8,7 bilhões, em contraste com US$ 4,4 bilhões em janeiro de 2024. Segundo o Banco Central, esse déficit pode em breve não ser coberto por investimentos estrangeiros diretos (IED), situação observada apenas em períodos de grave crise econômica na última década.
Além disso, a insegurança jurídica no país representa um obstáculo significativo. Estudo da Fecomércio revelou que decisões judiciais divergentes da legislação vigente custaram R$ 9 bilhões às empresas.
Essa instabilidade afasta investimentos, dificulta o planejamento empresarial e tira recursos que deveriam ir para o trabalhador.
Comparando com outras nações, o Brasil ocupa a 9ª posição entre as maiores economias do mundo, dado de 2024, com um PIB de US$ 1,02 trilhão, à frente de países como Canadá, Rússia e México. Entretanto, a falta de segurança jurídica e a burocracia excessiva comprometem nosso potencial de crescimento.
Um dos principais responsáveis por essa situação é a visão equivocada do Partido dos Trabalhadores (PT) no governo federal. Desde que assumiu novamente o poder, o PT tem adotado uma política econômica baseada em altos impostos, expansão descontrolada dos gastos públicos e aumento da interferência estatal na economia. Essa abordagem tem sufocado o setor produtivo, reduzido a confiança do empresariado e afastado investidores.
O PT insiste na ideia de que o Estado deve ser o motor da economia, quando, na verdade, a história demonstra que o crescimento só é sustentável quando incentivamos o empreendedorismo e fortalecemos a iniciativa privada. Em vez de simplificar processos e criar condições favoráveis para quem quer produzir e gerar empregos, o governo petista opta por ampliar a carga tributária e fortalecer a burocracia, travando a economia.
Outro grande problema é a dependência excessiva de políticas assistencialistas. Em vez de promover a qualificação profissional e incentivar a criação de empregos, o PT aposta em programas sociais que perpetuam a dependência do Estado. O assistencialismo descontrolado não só penaliza os que trabalham e pagam impostos, mas também desestimula a produtividade e a inovação.
A intervenção do governo petista em setores estratégicos também tem gerado impactos negativos. O excesso de regulações, a insegurança em relação a concessões e contratos, além da falta de previsibilidade econômica, tornam o Brasil menos atraente para investidores estrangeiros. Isso explica por que países como Chile e Colômbia, que adotaram modelos mais liberais, têm atraído mais investimentos diretos do que o Brasil nos últimos anos.
Para reverter esse cenário, é imperativo promover reformas que garantam estabilidade legal, diminuam impostos e simplifiquem processos burocráticos. Somente assim o Brasil poderá criar um ambiente propício ao empreendedorismo, atraindo investimentos e fortalecendo sua posição no cenário econômico global.
Santa Catarina, em particular, destaca-se como exemplo de força produtiva e empreendedorismo. É essencial que políticas públicas reforcem esse modelo, assegurando que o estado continue a prosperar com responsabilidade e inovação.
Somente enfrentando os desafios atuais e implementando as reformas necessárias, o Brasil alcançará um crescimento sustentável e inclusivo, beneficiando toda a sociedade.